Desde a noticia de que Portimão se tornou na chance real de receber a Formula 1, houve desenvolvimentos nesse sentido. Ontem à noite, o presidente ao Autódromo Internacional do Algarve, Paulo Pinheiro, falou sobre as noticias e confirmou, em parte, a noticia. Numa conversa com os jornalistas da F1 Eleven Sports, afirmou que pretende uma data mais tardia, e sempre será uma corrida e não duas, como tinha sido dito no jornal A Bola no sábado.
“Temos preferência de uma data o mais tarde possível no calendário de provas europeias, no mês de Outubro e não em Setembro, e a haver Grande Prémio no nosso país teremos todas as provas habituais: Formula 2, Formula 3 e Porsche SuperCup”, afirmou.
“O que está na mesa é apenas uma corrida para este ano, unicamente não há nenhuma conversa para corridas em anos posteriores. A nossa intenção é, conseguindo fechar contrato para este ano, que a corrida corra bem, seja uma corrida exemplar a todos os níveis e isso nos permita ficar com uma possibilidade em anos vindouros”, continuou.
Ele também confirma que o asfalto será de novo feito, pelo menos até 15 de julho. “Não está perfeito, está aceitável. Era inconcebível fazermos uma corrida de Fórmula 1 com o asfalto como está. Temos de pôr asfalto novo, temos de dar tempo para o asfalto curar, para quando eles vierem cá ter grip. Significa que o circuito vai ter de ser utilizado ao longo do mês, antes de uma corrida para que tenha grip, para que esteja liso e para que eventuais pequenas correcções que sejam necessárias fazer sejam feitas em tempo útil, porque tem de ser tudo perfeito, senão não vale a pena estarmos a meter-nos nisto.”
Para finalizar, revelou que há uma vontade imensa de ter corrida em Portugal por parte dos fãs. “Recebemos hoje [domingo] quase mil e-mails do estrangeiro a pedir o link para compra de bilhete, mesmo sem perguntar o preço. É interessante ver que há fome enorme de Formula 1 em Portugal, tanto de portugueses como de estrangeiros. Quem vai fazer uma prova pela primeira vez, quer ter público. O principal factor é a corrida ter público. Não faço a ideia se será possível, mas estou a trabalhar afincadamente para isso“, concluiu.
A verdade é que a Liberty Media está a fazer de tudo para montar um calendário aceitável onde haja entre 15 a 18 corridas, um pouco menos do que o habitual 22, mas do qual apenas oito estão confirmados, ou seja, até 6 de setembro, com o GP de Itália, em Monza. Do outro lado, quer a FPAK (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting), quer o próprio pessoal do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), tem vindo a dizer à FIA que estão disponíveis e algumas das equipas do pelotão querem correr lá, nomeadamente a Mercedes. E para além disso, há o facto de em 2019, poucos meses antes de morrer, Charlie Whitting ter feito uma visita ao AIA e ter escrito um relatório muito favorável ao circuito, e que poderá ter contribuído para a sua classificação de Grau 1 por parte da FIA.
E mais importante ainda: a Liberty não está a exigir dinheiro para poder entrar no calendário. Ou seja, podem entrar "de graça", exceptuando o cerca de milhão de euros que serão gastos para o reasfaltamento da pista.
No final, poderá ser um "one-off", mas provavelmente, poderá também ser o inicio de algo importante, a porta de entrada para uma algo mais permanente num futuro próximo, quer sejam para corridas, quer sejam para os testes de pré-temporada.
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