E de repente, passaram-se vinte anos sobre esta imagem. Neste oito de outubro do ano 2000, Michael Schumacher alcançou o seu objetivo, que era o de dar à Ferrari títulos mundiais. E a caminhada foi dura, com precalços. A Ferrari estava, a meio da década de 90, numa sombra do que tinha sido. Entre 1991 e 1995, tinha vencido apenas duas provas, e longe estavam dos tempos de glória. Logo, ter Schumacher na equipa foi um golpe do qual o dinheiro da Fiat ajudou bastante.
Quando chegou, tinha dois títulos mundiais no seu bolso, pela Benetton. Lá, já tinha Jean Todt como líder, mas faltava mais, muito mais. Boa parte das pessoas necessárias foi buscar à Benetton, como Ross Brawn e Rory Bryne, para complementarem gente como Luca de Montezemolo e claro, Jean Todt.
Logo no primeiro ano, a temporada de 1996, Schumacher venceu três provas, e a primeira foi debaixo de chuva, em Barcelona, dando "calendários" à concorrência. Deu esperança de mais e melhor, que quase aconteceu em 1997, lutando pelo título até à última corrida, em Jerez, onde o alemão tentou colocar Jacques Villeneuve fora de pista... e se deu mal. Mas tinha carro, a Ferrari era competitiva.
Nos dois anos seguintes, surgiu a McLaren e Mika Hakkinen, em particular. Os carros eram bons, e começou uma rivalidade entre ambas as equipas. O duelo fazia vibrar as bancadas, e claro, tudo acabava em Suzuka, a última corrida do ano. Em 1998, tudo acabou com um furo, depois de uma recuperação espetacular desde o fundo da grelha, devido a um problema nos treinos. E em 1999, o seu acidente na primeira volta do GP da Grã-Bretanha, que o colocou fora de proa por dois meses sepultou temporariamente a sua candidatura ao título.
A temporada de 2000 tornou-se no terceiro ato do duelo Hakkinen-Schumacher. Teve momentos como o final do GP da Bélgica, com Hakkinen a passar Schumacher entre o carro de Ricardo Zonta na travagem para Les Combes, e que entrou na história, mas ali, o piloto da Ferrari conseguiu ser mais consistente que o da McLaren, e em Suzuka, por fim, o alemão levou a melhor. Vinte e um anos depois de Jody Scheckter, por fim, a Scuderia comemorava títulos.
Uma noa geração celebrava por fim. O que não sabiam era que significava o começo de um domínio.
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