Barba e cabelo... e unhas. Foi uma corrida onde dominou de fio a pavio. Se há dúvidas sobre o que aconteceu, acho que muitas delas foram resolvidas hoje, com esta prova em casa. Miguel Oliveira tem estofo de campeão, isso é uma certeza, especialmente depois de um fim de semana domiadora em casa. E ele não é piloto oficial da KTM, ele está no equivalente à Toro Rosso.
O que Miguel Oliveira fez neste fim de semana no Autódromo do Algarve, na prova de encerramento do Muindial, confirma as esperanças de muita gente. É o concretizar de um sonho. Um português a vencer no Grande Prémio de Portugal de MotoGP, depois de ter conseguido a pole-position, e pelo caminho fez a volta mais rápida, é praticamente a realidade. E parece que não acreditamos nisso.
A grande pena é ver o autódromo vazio. Mas ainda vivemos em pandemia, aliás, estamos em plena segunda vaga, que está a ser bem pior que a primeira. Se tivessemos público, teria sido fantástico. Mas este é um ano bem anormal...
O futuro vai ser bom. O mundo descobriu o Autódromo de Portimão, e viu que é um excelente circuito, desafiador, daquele que todos adoram, desde os pilotos aos fãs. É uma montanha russa, um claso contraste com as planuras dos tilkódromos. E termos tido este ano a Formula 1 e a MotoGP neste circuito - num caso de "portas que se fecham, janelas que se abrem" - mostrou que aqui há qualidade. E as trouxemos sem dinheiro, apenas porque estávamos mais disponíveis na altura.
Agora... do que se sabe é que iremos ter no calendário da MotoGP em 2021 por cinco anos, pelo menos. E se discute a data, do qual se fala em abril, que é "época baixa" no Algarve. Ou seja, poderá ser a prova de abertura do Mundial na Europa, depois de começar no Qatar e passar por Austin, no Circuito das Américas. Abril ainda é uma data arriscada porque poderiemos estar ainda a passar pela pandemia, apesar dos anuncios quase em catadupa de que as vacinas desenvolvidas andam a ter uma eficácia acima dos 90 por cento, venham de onde virerem.
Mas a Formula 1 também seria um "ouro sobre azul" numa altura em que a Liberty Media quer 24 corridas no campeonato, e algumas delas a rodar, ano sim, ano não. Sabendo agora que há pelo menos 30 locais para receber automobilismo ao mais alto nível, ou seja com a Classe 1 da FIA, nunca a chance de receber a categoria máxima do automobilismo no nosso país esteve tão perto. E ainda por cima, até se pode receber fora da "época alta" seria excepcional para todos na região. Só falta o dinheiro e a vontade politica, porque o resto... já temos!
Quanto ao Miguel, parabéns! E que este seja o principio de muito mais.
O Dentista , é um baita (grande) piloto , discreto , limpo e mais importante ; é admirado pelos companheiros da grelha e muito mais ainda pelas torcidas .
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