domingo, 1 de novembro de 2020

Formula 1 2020 - Ronda 13, Imola (Qualificação)


Nestes tempos invulgares onde o inverno está a chegar à Europa e a segunda vaga do coronavirus é bem maior do que a primeira, ver a caravana da Formula 1 arrumar velozmente as suas malas e vê-los em Imola menos de uma semana após terem estado em Portimão, por vezes faz-me pensar na velocidade que conseguem arrumar e desarrumar a "tenda do circo". Tudo feito num piscar de olhos, numa coreografia perfeita, ensaiada tantas vezes que já está colocada nos movimentos e gestos das pessoas.

O regresso da Formula 1 à pista italiana, 14 anos depois da última aparição, com Fernando Alonso e Michael Schumacher ainda a pilotarem no seu auge, é a terceira da competição neste temporada em paragens italianas, para experimentar a ideia de compactar o fim de semana em dois dias, dispensando a sexta-feira de treinos libres. A ideia é ver se, compactando tudo isso, pode-se alargar o calendário para 25 corridas.


Num belo céu de outono, a qualificação começou com os pilotos a entrarem na pista colocando pneus macios, mas como existiam limites de pista dos quais os pilotos usavam e abusavam, os comissários estavam atentos. E sempre que passavam, o tempo era anulado. Lewis Hamilton fez uma volta de 1.15,144, antes de Charles Leclerc fazer 1.15,123. Hamilton melhorou para 1.14,574, antes de Bottas tentar a sua sorte... e ter o seu tempo anulado por exceder os limites de pista. 

Na parte final da qualificação, quem estava inesperadamente no fundo da grelha era Daniel Ricciardo, que precisou de fazer uma volta extra para se solidificar na Q2. Conseguiu, bem como George Russell, mas quem pagou o preço foram os Haas, especialmente Kevin Magnussen, que saiu da pista na curva Tamburello. Romain Grosjean, os Alfa Romeo de Kimi Raikkonen - o único que correu aqui em 2006 - António Giovinazzi e Nicholas Latifi, acompanharam-no a ver o resto da qualificação das boxes.

Pouco depois, começou a segunda parte da qualificação, com Mercedes, Red Bull e Ferrari a irem para a pista de médios, tentando guardá-los para a última parte da qualificação. Se para os Mercedes, as coisas correram bem, Max Verstappen teve problemas de motor e recolheu às boxes, e temeu-se que ele ficaria para trás de vez. Alex Albon não teve melhor sorte, pois fez um pião e perdeu tempo. Chegou até a ficar de fora da Q3, mas ambos conseguiram resolver os seus problemas e passaram com calma para a terceira fase, acompanhando a Mercedes.

Quem também foi para lá acabou por ser os McLaren, o Renault de Daniel Ricciardo, os Alpha Tauri o Ferrari e Charles Leclerc. Claro, por outro lado, os Racing Point, Sebastian Vettel, Esteban Ocon e George Russell não ficariam para participar nessa fase final.

Para a Q3, essa tornou-se numa batalha pessoal para os Mercedes, os únicos capazes de lá chegarem. A primeira romda começou com Hamilton na frente de Bottas por 31 centésimos, mas o finlandês reagiu e conseguiu 1.13,609, 97 centésimos mais veloz que o britânico, ficando com mais uma pole-positon. Max Verstappen foi o terceiro, na frente de Pierre Gasly, que parece estar a fazer uma grande parte final da temporada, na frente de Daniel Ricciardo e Alex Albon, o sexto. 


Agora, amanhã, já se sabe mais ou menos como acabará. No guião habitual, está escrito que será um Mercedes. Mas sem sempre é esse o destino...   

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...