domingo, 13 de dezembro de 2020

Formula 1 2020 - Ronda 17, Abu Dhabi (Corrida)


Já sabem perfeitamente o que as pessoas pensam sobre este circuito. Não fica na memória pelas melhores razões. Não é uma montanha-russa, não fica situado num lugar inesquécivel, e tudo ainda cheira a novo... excepto à nova geração, porque ela entrou na nossa visão em 2009, há onze anos. Entrará na história como entrou Hungaroring: ninguém gostava dela, mas insistiram tanto que acabou por ficar na paisagem. E quando começou a haver corridas memoráveis, como a de 2006, por exemplo, começamos a aceitar.

Nao ficaria admirado se Abu Dhabi tenha o mesmo destino, ainda por cima acontece no final do dia, o que tenta mostrar uma paisagem diferente. Aliás, todas as pistas do Médio Oridente vão ter o mesmo tipo de cenário: vai ser à noite, ou no lusco-fusco, por causa do horário europeu, e porque querem ser mais-valias, como se fossem cenários de "As Mil E Uma Noites".

Dito isto, como descreer uma corrida onde Max Verstappen dominou do principio até ao fim, onde os Mercedes não o incomodaram bastante, porque queriam levar os seus motores até à meta, e onde Lewis Hamilton, já recuperado, não foi além do lugar mais baixo do pódio? Se calhar, teremos de ver por outros lados, porque não só os quatro primeiros foram previsiveis como o resto não foi surpreendente! Reparem... os Ferrari acabaram na 13ª e 14ª posição, com Leclerc na frente de Vettel, que tinha a sua despedida melancólica da Scuderia.

Mas enfim, vamos ao que interessa. 

Depois da partida, onde todos ficaram mais ou menos com as mesmas posições, com Lando Norris a impedir que Alex Albon ficase com a quarta posição, mas não na volta seis, quando ambos andaram a trocar de posições curva a curva, até que o tailandês levasse a melhor. Quatro voltas depois, Sergio Perez, o homem que venceu em Shakir, teve o seu fim de semana... esquecível a culminar com ele encostado à berma. Um final que não merecia, para sermos todos honestos. E Safety Car na pista.

Claro, todos aproveitaram a ocasião para trocar de pneus, colocando duros no lugar dos moles (vermelhos por brancos, no código das cores), mas não houve alterações na frente. Aliás, a partir daqui... não houve história por muito tempo, porque só na volta 40 é que vimos pilotos da frente a trocar de pneus, como Daniel Ricciardo e Lando Norris, ambos a lutarem pela quinta posição. 


E quando tudo acabou, foi um alivio. Não só porque... já sabem o tipo de corrida que foi, mas também pensar que tudo isto foi compactado, reescrito, comprimido em pouco menos de meio ano para termos uma temporada decente. E de uma certa maneira, tivemos. A Formula 1 mostrou que conseguia fazer um calendário em cima do joelho, centrado na Europa e no Médio Oriente, é verdade, mas conseguiu. E até foi mais interessante que se esperava, apesar do campeão ter sido o mesmo e tudo estar decidido a três provas do fim.

Enfim, veremos o que 2021 nos reserva, e até que ponto ele será alterado por causa da situação em que vivemos. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...