quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

The End: Adrian Campos (1960-2021)


O ex-piloto, fundador e dono de equipa, Adrian Campos, morreu esta noite aos 60 anos. A noticia foi comunicada pela Campos Racing através das redes sociais, e de acordo com o site Soy Motor, faleceu devido a um aneurisma da aorta.

Hoje é o dia mais triste da história da Campos Racing. Nosso Presidente e fundador, Adrián Campos Suñer, nos deixou. Seu coração deixou de bater, mas sua lembrança será o motor que manterá a todos nós lutando para seguir seu legado. Descanse em paz”, escreveu a equipa na sua conta do Twitter.

Nascido a 17 de junho de 1960, em Alzira, na região de Valencia, ele era descendente do fundador da marca de gelados Avidesa, que lhe fez herdar uma fortuna considerável, e que o ajudou na sua carreira de piloto. Começou nos monolugares em 1981 e dois anos depois, chegou à Formula 3. Em 1985, foi terceiro classificado no campeonato alemão, e depois rumou à Formula 3000, com sucesso modesto.

Por essa altura, já tinha testado na Formula 1, a bordo de um Tyrrell, e tentou a sua sorte ao aterrar num lugar em 1987, a bordo de um Minardi, ao lado de Alessandro Nannini. Nas 16 corridas, apenas terminou uma corrida, precisamente o "seu" Grande Prémio de Espanha, num modesto 14º posto, o último entre aqueles que ainda rolavam em pista, a quatro voltas do vencedor. Campos continuou em 1988, mas depois de três não-qualificações consecutivas, foi substituído por Pierluigi Martini após o GP do Canadá. Martini, que tinha estado na Formula 1 em 1985 pela Minardi, conseguiu um sexto lugar logo na sua primeira prova, em Detroit.

Passada a Formula 1, foi competir para os Turismos locais, onde foi campeão em 1994, e em 1997, depois de uma passagem pelos Sport Protótipos, entre os quais as 24 Horas de Le Mans, onde não terminou, pendurou o capacete e decidiu construir a sua própria equipa de automóveis, a Campos Racing. Essa era a sua segunda tentativa, depois e em 1992 ter ajudado na construção da equipa Bravo, que queria correr na Formula 1, mas acabou por abortar. 

Como Campos, começou a competir na Open Fortuna by Nissan - aliás, foi um dos fundadores daquilo que mais tarde se tornou a World Series by Renault - e depois com pilotos como Marc Gené e Fernando Alonso, conseguiu os seus primeiros resultados de relevo na competição, ajudando a colocar ambos na Formula 1, pela Minardi. Em 2005, foi para a GP2, onde ficou até aos dias de hoje, mas em 2009, teve a grande ambição de ir para a Formula 1 com a sua própria equipa. Inscreveu e o seu projeto foi aprovado - tinha na sua estrutura gente como Alejandro Agag, o futuro diretor da Formula E - mas a meio do projeto, alguns dos apoios prometidos não apareceram devido à crise económica que atingiu fortemente a Espanha nessa altura. Assim sendo, vendeu a sua parte para José Ramon Carabante, que a rebatizou de Hispania Racing Team, que correu em 2010 com Bruno Senna e Karun Chandhok.

Passada a tentativa abortada, e equipa regressou às Formulas de promoção, primeiro na AutoGP - com Adrian Campos Jr, seu filho - para depois rumar à Formula 3 e Formula 2, que é onde está neste momento, e que em 2020 tee como pilotos o anglo-coreano Jack Aitken e o brasileiro Guilherme Samaia. Para a temporada de 2021, tinha acabado de confirmar o suíço Ralph Boschung

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