E mais uma vez, a equipa mudou de nome, mas trinta anos depois do seu começo, voltam à sua cor verde original. Este ano, a Racing Point virou Aston Martin, e depois de 60 anos de ausência, mas com o motor Mercedes e um chassis maioritariamente vermelho, tem uma dupla de pilotos forte, com Lance Stroll e Sebastian Vettel, que veio este ano da Ferrari, e claro, um chassis com muitos elementos da Mercedes. E não se fala só do motor. Esta evolução do chassis do ano passado tem como objetivo chegar a lutar por títulos num prazo de até cinco anos.
Lawrence Stroll, o homem que tornou tudo isto possivel, está animado pela nova aventura.
“Isto é apenas o começo”, começou por dizer. “A equipa está a trabalhar e nossas ambições são ilimitadas. Agora temos as peças no lugar, as pessoas e os parceiros, para fazer um progresso real. O regresso da Aston Martin à Fórmula 1 após uma ausência de 61 anos terá um efeito poderoso no automobilismo, nos media e nos fãs, atraindo atenção global.", continuou.
“A equipa que projetou e construiu nosso novo carro, os 500 homens e mulheres que conceberam, fabricaram, construíram e prepararam nossos carros para que possamos correr, sempre superou seu peso. Agora ele tem o poder de andar ainda mais forte.”, concluiu.
"Estou animado”, começou por dizer o piloto de 33 anos, quatro vezes campeão do mundo. “Eu acho que o carro parece muito, muito bom. Obviamente, é um carro completamente novo, então, para mim, é uma filosofia completamente diferente."
Vettel afirma estar a trabalhado muito para se ajustar à sua nova equipa. “Passei muito tempo com engenheiros tentando superar todas as diferenças, não apenas tecnicamente, mas também processualmente. Espero que não demore muito para entrar no ritmo. [É] um grupo de pessoas muito, muito animado, ótimo espírito, então geralmente estou de muito bom humor.”, continuou.
“No simulador, é muito difícil comparar porque cada um é um pouco diferente pelo hardware que você usa e também como o carro se sente, quão bem você é capaz de sentir o comportamento do carro, entre outras coisas. Tive a sorte de começar a correr um pouco e entrar no ritmo e obter algum feedback. Eu acho que é um desenvolvimento sem fim do simulador em termos de realismo e correlação. Acho que ainda há muito que pode ser feito, muito trabalho em geral pela frente de todos nós como grupo.”, concluiu.
Para Otmar Szafnauer, o chefe de equipa da agora Aston Martin, Vettel ainda tem muito para dar:
"Sempre disse e continuarei dizendo: aos 33 anos você não esquece como que se pilota um Formula 1 com velocidade", disse Szafnauer numa coletiva com orgãos de imprensa selecionados, como o motorsport.com. "Então os problemas são outros. E vamos trabalhar incansavelmente para garantir que eles não estejam aqui. Vamos ajudá-lo com tudo. Todos estarão ouvindo para entender o que ele quer e precisa. Vamos dar o nosso melhor para garantir que ele goste do carro e dos ajustes", continuou.
"Temos dois pilotos para cuidar. E se tratarmos deles igualmente, o que já fizemos bem no passado e espero que sigamos assim no futuro, acredito que bastará para Seb. E se ele pilotar como gosta, certamente poderemos tirar o melhor dele", concluiu.
Quanto a Lance Stroll, Szafnauer afirma que o canadiano terá que dar o seu melhor nesse novo desafio, pois foi derrotado na luta interna por Sergio Pérez durante os seus dois anos na Racing Point.
"Para bater Sebastian Vettel, você precisa dar o seu melhor. Sebastian tem uma ótima ética de trabalho. E vamos dar o nosso melhor para garantir que ele fique confortável com a equipa, para que dê o seu melhor. Então será interessante".
"Se Lance terá como bater de frente? Absolutamente. Mas, como eu disse, ele vai ter que dar o seu melhor. E imagino que Sebastian também vai tentar bater seu companheiro de equipa", concluiu.
O caro estará amanhã em Silverstone num "shakedown" e também para um dia de filmagens, antes dos testes coletivos que acontecerão a meio do mês no Bahrein.
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