Passaram-se duas semanas sobre o GP de Espanha, e Fernando Alonso parecia estar em boa onda. Com a sua terceira vitória no bolso, superando as duas de Michael Schumacher, e com 15 pontos de avanço sobre o alemão, o piloto da Renault encarava o GP o Mónaco com alguma expectativa de vitória para ver se aumentava ainda mais a distância para com ele, e claro, consolidar a liderança do campeonato e solidificar a sua candidatura ao bicampeonato.
Chegados ao Mónaco, Alonso e Schumacher duelavam pelo melhor tempo nas sessões de treinos, e parecia que na parte final da qualificação, o alemão iria levar a melhor. Mas Alonso, atrás de si, começava a fazer tempos parciais mais velozes e no último momento... a polémica. Michael Schumacher, avisado (ou talvez não...) decidiu estacionar o carro em La Rascasse com a largueza suficiente para prejudicar todos os outros. Apesar da Ferrari jurar que não foi de propósito, os comissários não foram de modas e desclassificaram Schumacher, dando a pole-position a Fernando Alonso. Isso, aliado ao facto de Felipe Massa não ter marcado qualquer tempo, fazia com que a Scuderia largasse da última fila da grelha. Pouco depois, a Ferrari decidiu que Schumacher largaria das boxes.
Assim sendo, ao lado de Alonso largava o Williams de Mark Webber, enquanto na segunda fila estavam os McLaren-Mercedes de Kimi Raikkonen e Juan Pablo Montoya, e na terceira fila, o Honda de Rubens Barrichello e o Toyota de Jarno Trulli. David Coulthard era o sétimo, no Red Bull, na frente do segundo Williams de Nico Rosberg. E a fechar o "top ten" ficaram o segundo Renault de Giancarlo Fisichella e o segundo Toyota de Ralf Schumacher.
Na partida, Alonso conseguiu manter-se no comando da corrida, seguido por Webber e pelos carros da McLaren, enquanto Schumacher, largando do pitlane, começava a recuperar os lugares perdidos. Nas voltas seguintes, Raikkonen conseguiu passar Webber para ser segundo e perseguir o espanhol, mas as posições não se alteraram até a volta 21, quando o finlandês foi às boxes para fazer a primeira troca de pneus. Alonso reagiu e a Renault chamou-o duas voltas depois para a sua primeira paragem. Quanto a Schumacher, apenas na volta 37 é que foi às boxes para o reabastecimento.
As coisas na corrida estão normais, com Alonso na frente de Raikkonen a menos de um segundo, e Webber em terceiro, até a 30 voltas do fim, quando o seu motor explode na subida do Casino, encostando-se na berma e causando a entrada do Safety Car, para que os bombeiros pudessem apagar as chamas do seu Williams. Alonso e Raikkonen foram às boxes para novo reabastecimento, mas as posições mantêm-se na saída das boxes.
A corrida estava pronta para recomeçar quando o carro de Raikkonen para na saída do gancho do hotel Loews, causando o prolongamento da situação, mas com Alonso a ver o seu maior rival na corrida fora do caminho. Se o espanhol estava mais aliviado, já o finlandês nem se dá ao trabalho de ir às boxes da McLaren, preferindo ir para o seu iate...
No final, o espanhol comemorava a sua segunda vitória consecutiva, na frente de Montoya e Coulthard, que dava à Red Bull o seu primeiro pódio da sua existência... com uma capa de Super-Homem. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Honda de Rubens Barrichello, o Ferrari de Schumacher, o Renault de Risichella, o BMW Sauber de Nick Heidfeld e o Toyota de Ralf Schumacher.
Agora, com 21 pontos de avanço, Fernando Alonso poderia respirar um pouco melhor, mas o campeonato ainda nem tinha chegado a meio...
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