A informação foi avançada pelo presidente da câmara local, Rui Santos, que contou todo o processo.
“Posso confessar que em 2020 tivemos negociações muito avançadas para recebermos a Fórmula E e o processo ficou muito perto da conclusão. Não seria exatamente com o traçado que usamos atualmente, teríamos de fazer algumas adaptações. Tivemos o negócio quase concluído, mas a evolução da pandemia travou essa possibilidade. Também tivemos contacto com os promotores de uma prova internacional de GT, que manifestaram muito interesse em fazer uma prova em Vila Real.”, contou.
Apesar da Formula E exigir que as pistas que sejam feitas nas ruas terem Grau 1 por parte da FIA, e a pista de Vila Real ter Grau 3, estavam dispostos a flexibilizar nesse aspeto, porque o que lhes interessava era um calendário capaz de terminar o que tinham começado - a Formula E tinha acabado de correr em Marrakesh quando se começaram a colocar as restrições na Europa - aqui pode-se dizer que pretendiam lugares alternativos antes de se decidirem por seis corridas em dez dias no ex-aeroporto de Tempelhof, em Berlim.
Contudo, Vila Real tem de fazer algumas coisas para elevar o seu estatuto, como um Race Control, que será instalado no edifício da sede da CAVR, o Clube Automóvel de Vila Real. As obras estão em fase de conclusão - a sua inauguração está prevista para o mês que vêm - e segundo Jorge Almeida, o seu presidente, são a prova que os responsáveis pelo Circuito de Vila Real estão a preparar o futuro.
José Silva, presidente da Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real explicou à Autoisport portuguesa que diversos técnicos das provas que mostraram interesse visitaram a cidade e que encontraram soluções que os deixaram satisfeitos, quer a nível de paddock, quer a nível de segurança.
“Já tivemos vários promotores que nos contactaram e que vieram visitar o circuito e até ver as corridas. Vinham com uma expectativa, mas que quando viram o nosso trabalho e o evento, essas expectativas foram superadas. E é por isso que o acordo conseguido, com a possibilidade de renovação por mais três anos com o WTCR é importante, pois confirma a nossa posição como um evento apetecível para as grandes provas internacionais.“, concluiu.
O WTCR visitará o Estoril no fim de semana de 26 e 27 de junho. E quanto à Formula E, com António Félix da Costa ainda fresco da sua vitória no Mónaco e a dez pontos da liderança, o bicampeonato poderá ser uma hipótese bem viável.
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