A história de Sabine Schmitz é conhecida. Nascida em 1969, vivia perto do circuito e as dezenas de corridas, bem como as historias que ouvia à media em que crescia, faziam-na ficar fascinada pela pista. Começou a correr e os quilómetros acumulados faziam-a ser uma da maiores conhecedoras do circuito, ao ponto de a chamarem de "rainha". E foi mesmo, afinal de contas, venceu por três vezes as 24 Horas desse circuito. Mas para além disso, andou muito tempo a conduzir pessoas através do circuito de 23 quilómetros. Algo do qual ela costumava dizer que era "uma maneira divertida de assustar pessoas".
Depois, o seu carisma e as suas aparições televisivas fizeram o resto. E quando morreu, no passado dia 16 de março, aos 51 anos, e depois de uma longa batalha contra um cancro, todos sentiram a falta de uma mulher que representava um circuito e o amor pelo automobilismo.
Agora soube-se esta sexta-feira que Schmitz, a rainha do Nordschleife, terá uma curva em seu nome. Será depois da chicane antes da reta da meta, na ligação entre o novo circuito e o velho. A cerimónia acontecerá a 11 de setembro, quando acontecer as Seis Horas locais, na categoria NLS. E o local não foi escolhido ao acaso: a algumas dezenas de metros estava a habitação onde ela cresceu, a admirar os automóveis que arriscavam a sua existência nas curvas daquele Inferno Verde que aprendera a admirar e depois, a domar. É uma forma de eternizar no asfalto uma mulher que ajudou a escrever a história do circuito e ganhou o respeito de todos os fãs.
E isso não se vê todos os dias, num dos meios mais sexistas que se conhece.
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