"Levamos daqui uma vitória, que era o nosso grande objetivo. Nós acho que tivemos uma boa postura durante toda a corrida, tivemos sempre na liderança ou muito perto da liderança. Ele [José Pedro Fontes] estava a fazer uma excelente prova mas teve um azar que poderia ter acontecido a mim, e as corridas são assim. Em relação a nós, foi um fim de semana em cheio e foi muito importante para o campeonato.", contou o piloto de Santo Tirso no final da prova.
Com a super-especial de sábado à noite anulado por causa das restrições da pandemia, o dia seguinte começou com José Pedro Fontes de volta ao asfalto e a vencer, 0,3 segundos na frente de Armindo Araújo e de Ricardo Teodósio, que terminaram empatados. Bruno Magalhães era quarto, perdendo mais 5,1 segundos.
E foi assim na sétima especial, onde Teodósio levou a melhor, mas apenas tirou 1,7 segundos a Armindo, que fora terceiro atrás de José Pedro Fontes, segundo a 1,4. Não iria ser fácil para apanhar, porque a diferença era de 10,8 segundos, e havia apenas a Power Stage pela frente.
Mas Teodósio não se intimidou e venceu a última especial, com uma vantagem de 3,2 sobre Bruno Magalhães e quatro segundos para Armindo, insuficiente para o bater, dando ao piloto de Santo Tirso o triunfo. Mas mesmo assim, Teodósio sentiu que o segundo posto tinha sabor a vitória.
"Ganhamos hoje os três últimos troços e no primeiro, só fizemos um tempo 0,3 segundos menos veloz que o José Pedro Fontes e só igualamos o tempo do Armindo. Foi um dia positivo, só foi pena o rali ter começado ontem, porque tivemos umas quantas peripécias pelo caminho", contou o piloto algarvio.
"Tivemos muito competitivos, tínhamos um excelente carro, os pneus funcionaram bem, estava uma luta ao décimo, tinhamos de arriscar, aquele troço estava muito traiçoeiro, com a água que caiu ontem à noite. Fiz um erro, e os erros pagam-se caro. O Armindo conseguiu evitar e foi um justo vencedor. É a única coisa que devo dizer, parabéns ao Armindo, fez um excelente rali, triste com o que aconteceu, mas com um sentimento de dever cumprido", contou.
Depois dos três primeiros, Bruno Magalhães ficou em quarto a 26,7 segundos, na frente de Miguel Correia, quinto a 55,8, no seu Skoda Fabia Evo2. Pedro Meireles foi o sexto, a 1.17,5, longe do carro de Paulo Neto, sétimo a 3.41,3, e na frente do Peugeot 208 Rally4 de Carlos Fernandes, a 3.57,0, e a fechar o "top ten" ficaram os carros de Gil Antunes, no Dacia Sandero R4, a 4.26,2 e Ricardo Sousa, no Peugeot 208 Rally4, a 4.42,5.
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