Mas a carreira de McRae não foi apenas a sua passagem pela Formula 1. Foi muito mais que isso.
Nascido a 5 de março de 1940 em Wellington, tornou-se engenheiro de formação e apaixonado pelo automobilismo. Em 1969, construiu um carro de 1.5 litros com o seu nome, com base um chassis Brabham, e começou a ganhar competições nacionais e lutou contra gente como Graham Hill e Jochen Rindt na Tasman Series, pelo menos nas rondas locais da competição. Foi o suficiente para ganhar a bolsa para a Europa, o mesmo que Bruce McLaren e Dennis Hulme tinham conseguido, quase uma década antes.
Lá, começou a correr na Formula 5000 em chassis McLaren, mas foi na sua terra natal que alcançou as suas primeiras glórias, ao vencer a Tasman Series em 1971, 1972 e 1973, e venceu também a Formula 5000 americana, com três vitórias. Por essa altura, decidiu construir os seus próprios chassis, os McRae, com a ajuda do projetista Len Terry, que tinha feito o Lotus 38 e o Eagle MK1 e a gestão e financiamento de Leon Brooks, e construiu chassis em Poole, na Cornualha inglesa.
Nos anos seguintes, McRae pilotava as suas criações, com variado sucesso. Venceu o Grande Prémio da Austrália por três vezes (1972-73 e 78), participou nas 500 Milhas de Indianápolis de 1973, sendo o Rookie do Ano, apesar de terminar na 16ª posição, e mais tarde, já no final da carreira, participou na Can-Am, com um McRae modificado.
McRae pendurou o capacete no inicio da década de 80 do século XX, mas os seus carros continuam a fazer parte das competições e reuniões de automóveis antigos, mantidos em condição de competição, pois fazem parte de uma era do automobilismo mundial.
Quanto ao piloto, morreu nesta terça-feira aos 81 anos, depois de uma longa doença. Mas o seu legado é grande. Ars longa, vita brevis.
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