Como é sabido, na semana anterior ao GP de Espanha de 1994, a Lotus testava o seu modelo 107 com os novos regulamentos que tinham sido elaborados à pressa após os acidentes de Imola e Mónaco. O teste decorria em Silverstone e Pedro Lamy guiava o carro quando, ao pé da curva Abbey, a asa traseira soltou-se e o carro perdeu controle, desfazendo-se e o chassis acabou num túnel de acesso a duas partes do circuito. O carro literalmente, voou, e se fosse durante o final de semana do Grande Prémio, teria certamente sido um acidente bem grave, provavelmente com espectadores atingidos e mortos pelos destroços do Lotus.
Segundo conta a descrição, o carro foi arrancado em todos os pedaços, sendo o maior a parte do chassis e do motor, parcialmente separado. O sistema de combustível foi perfurado com o embate e o carro pegou fogo com o piloto dentro, do qual os socorros foram velozes.
O resultado é conhecido: Lamy fraturou ambos os joelhos e o fémur direito, e demorou mais de um ano até voltar a sentar-se num carro de Formula 1. Ele fê-lo no GP da Hungria de 1995, pela Minardi, já que a Lotus tinha acabado no inicio do ano. E lembro-vos que três semanas antes, em Imola, ele também sofreu um acidente bem forte na partida para o GP de San Marino, quando atingiu na traseira do Benetton do J. J. Letho, sem ferimentos para ambos os pilotos.
Já agora, o chassis foi reconstruído e há uns tempos soube que estava na garagem de um adepto britânico, em estado de circulação numa pista.
Apesar de ser uma imagem, é marcante, porque trata-se de um acidente importante de um mês maldito para o automobilismo.
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