No caso de António Félix da Costa, o piloto da Jota chegou a protagonizar um bom desempenho nos primeiros quilómetros da corrida, liderando na classe LMP2 e chegando a ter a melhor volta, antes de entregar o carro ao seu companheiro e este se despistar na chicane Dunlop, atrasando bastante. No final da prova, o 13º lugar da geral, a 13 voltas do vencedor, e o sétimo lugar na classe não reflete a velocidade e a consistência da tripla.
Contudo, no rescaldo da prova, António Félix da Costa referia que “claro que estamos tristes porque sentimos desde o início que tínhamos carro e andamento para lutar pela vitória, mas Le Mans é isto mesmo, alegrias, desilusões, suor, lágrimas, uma corrida única que todos querem ganhar e que tem um sabor especial.", começou por afirmar.
"Do nosso lado fica a certeza que demos tudo, nunca deixámos de lutar, mesmo com o problema que nos fez perder sete voltas. Fui chamado pela equipa para guiar quase onze horas e apesar do cansaço, dei sempre tudo e sinto-me contente com a minha performance, penso que não ficou indiferente a ninguém. Esta é uma corrida que quero muito ganhar e sem dúvida voltarei em 2022 para lutar por este sonho."
"Agradeço à equipa Jota o excelente trabalho que fizeram, mecânicos, engenheiros e todo o staff, aos meus colegas de equipa que mantiveram um espírito de luta incrível ao longo de toda a corrida, e por fim, aos Portugueses, que me apoiaram sempre muito ao longo de todo o fim-de-semana!”
“Não é fácil digerir estas coisas. Saímos para a corrida de uma posição complicada e com condições atmosféricas adversas. Fui muito cauteloso no início para não deitar nada a perder. Fomos gradualmente subindo posições na tabela, chegámos a liderar a prova entre os LMP2 e quando estávamos confortavelmente na terceira posição e ainda com mais de 10 horas de competição pela frente, o alternador dá problemas. Fomos forçados a meter o carro nas boxes para reparar o problema. Logo aí soubemos que a nossa corrida tinha chegado ao fim! Mas, a pensar nos pontos para as contas do campeonato do mundo, continuamos em prova em busca do melhor resultado. E a 19ª posição foi o resultado possível”, começou por explicar.
“As corridas são assim mesmo. Uma vezes ganhamos e outras vezes perdemos. Foi uma pena porque o nosso carro estava a andar muito bem, mas são situações que não conseguimos controlar. Agora é olhar para a frente e pensar na próxima”, rematou.
“Como já esperava, estávamos sem andamento para poder acompanhar os nossos adversários. Demos o máximo enquanto estivemos em prova, fiz bons ‘stints’, mas era impossível ir mais além. Face ao cenário em que estávamos, terminar teria sido um bom prémio para todos na equipa, mas acabámos por ter de abandonar”, sublinhou o piloto do Porto.
Apesar do mau desfecho, Parente sentiu-se feliz por regressar a Le Mans.
“Competir em Le Mans é sempre fantástico. É uma prova de sensações fortes, daquelas em que todos os pilotos querem competir. Quando entro numa corrida, o meu objetivo é vencer, mas desta feita era muito complicado e tinha isso em mente. Dei o meu máximo e era muito complicado fazer melhor. Foi importante voltar a Le Mans, competir com um Porsche e conhecer a HubAuto Racing. Portanto, apesar do abandono, faço um balanço muito positivo da minha participação nesta prova”, concluiu.
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