Quando queria dar nas vistas, conseguia. E quando fazia, ofuscava até o vencedor. E há 40 anos, na sua corrida caseira, e debaixo de chuva, não só conseguiu controlar o carro como a asa frontal, que se arrancou após um toque.
É verdade que o mundo da Formula 1 estava mais ocupado com o duelo entre Carlos Reutemann e Nelson Piquet, com o argentino na frente apenas por três pontos, mas ali, e naquelas condições, parecia que poderia causar furor. E quando causou, o facto de ele ter conseguido controlar um carro em condições aparentemente impossíveis os desviou dos outros.
Alguém soube, ou quis saber, que Jacques Laffite triunfou naquela pista? Alguém soube que a prova acabou sete voltas antes dos 70 previstos porque tinham chegado ao limite das duas horas? Alguém soube que Nelson Piquet conseguiu um quinto posto e reduziu a diferença com Carlos Reutemann para apenas um ponto? Não! Porque Gilles Villeneuve fez de tudo para que as câmaras de televisão focassem apenas nele, e no final, alcançou um terceiro lugar naquele que foi o seu último GP do Canadá.
E foi assim que cultivou o seu mito.
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