E mesmo que a corrida de sprint não tenha sido algo que fosse memorável, o domingo prometia ser interessante. Para começar, a penalização de Valtteri Bottas, relegando-o para o fundo da grelha, depois de ter trocado de motor, já era um motivo de interesse, porque numa pista onde os Mercedes tinham carro favorável, com um deles do fundo da grelha, seria bom para a concorrência. Pelo menos por aí, eles iriam durar mais tempo para se chegar à frente, numa corrida onde apenas parariam por uma vez.
Boa parte dos pilotos iam de médios, com algumas excepções: Hamilton, Kubica, Bottas e Gasly iam de duros. E os três últimos estavam no fundo da grelha. E nas boxes, os carros da Alpha Tauri de Pierre Gasly e Yuki Tsunoda. Mas o japonês nem saiu de lá, porque os seus travões cederam e fica a ver a largada das boxes.
Atrás, Bottas passada piloto atrás de piloto e na sétima passagem pela meta, era já 13º
Atrás, Bottas continuava a passar toda a gente, chegando ao oitavo posto depois da volta 17, passando Lance Stroll, e na véspera da paragem de Daniel Ricciardo nas boxes, colocando duros, par poder antecipar a paragem de Max, que veio a seguir. E ali... o neerlandês atrasou-se, porque a paragem foi desastrosa. Quando sai das boxes, estava atrasado e via Hamilton na frente, pois ele tinha passado Lando Norris. Este também foi para as boxes e quando regressou, estava na frente do piloto da Red Bull.
A ordem, nesta altura: Hamilton, Riccardo, Norris e Max em décimo. E claro, mais um lugar ganho por Bottas, porque era P7.
Cinco voltas dessa forma e na volta 31, tudo regressa ao normal, no verde. Riccardo cotninuava na frente, com Norris em segundo, depois de passar Leclerc, e Bottas em sexto, atrás de Sainz. O monegasco caia no pelotão, primeiro passado por Perez, depois por Bottas. O mexicano da Red Bull queria fazer tudo a qualquer preço, ao ponto de numa saída de pista para ganhar posição, o mexicano não devolveu e foi penalizado em cinco segundos. E claro, Bottas agora é terceiro.
As voltas seguintes eram mais parecidos com a corrida sprint, com os McLaren na frente, e Perez a defender-se de Bottas, mesmo com penalização. Mas a nove voltas do fim, Mazepin abandonou na Ascari e a sua posição obrigou a um Safety Car Virtual. Tudo foi calmo e durou pouco mais que uma volta, enquanto retiravam o Haas de cena.
E claro, quanto tudo aconteceu, a público delirou. Foi uma vitória popular, mas não tinham herdado dos acidentes dos outros. Andaram sempre na frente, nos primeiros postos, foram melhores que Red Bull e Mercedes, e no final, colheram os louros, fazendo história.
No final do dia, acho que assistimos à melhor corrida do ano. E não foi pelos incidentes, foi por quem venceu e como venceu. Será memorável, numa temporada atípica.
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