Duas semanas depois da vitória de Juan Pablo Montoya em Monza, e da consagração de Michael Schumacher como campeão do mundo de Formula 1 pela quarta vez, igualando Alain Prost, a Formula 1 atravessava o Atlântico para o Grande Prémio dos Estados Unidos, no circuito de Indianápolis. Contudo, a corrida iria acontecer numa altura difícil para aquele país, três semanas depois dos atentados contra o World Trade Center, em Nova Iorque, e contra o Pentágono, em Washington.
Havia receios sobre se poderiam entrar no continente americano sem obstáculos acrescidos, mas no final, tudo correu bem. Mas não esquecendo o momento em que viviam, enormes bandeiras americanas estavam estampadas nos carros, demonstrando a solidariedade para com a nação atingida pelos piores ataques terroristas em 60 anos.
Mas mesmo na tristeza, havia quem estava alegre: o veterano Jean Alesi iria comemorar ali o seu 200º Grande Prémio, numa altura em que era provável que aquela fosse a sua última temporada na Formula 1.
No final da qualificação, Michael Schumacher fez o melhor tempo, na frente dos Williams-BMW de Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya. Mika Hakkinen era o quarto, no seu McLaren-Mercedes, na frente do segundo Ferrari de Rubens Barrichello. Nick Heidfeld era o sexto, no seu Sauber-Petronas, enquanto a quarta fila tinha o segundo McLaren de David Coulthard e o Jordan-Honda de Jarno Trulli. Jean Alesi era o nono, no segundo Jordan-Honda, e a fechar o "top ten" estava o Benetton-Renault de Jenson Button.
Perante 175 mil espectadores, a corrida começou com Michael Schumacher a ser o melhor, seguido por Montoya e Barrichello, com o brasileiro a ter um melhor ritmo, porque tinha menos gasolina no depósito. No final da quinta volta, ele já estava na frente, e até parar, na volta 27, o seu avanço era de 12,5 segundos. Atrás, Schumacher era segundo, seguido de Montoya e dos dois McLaren, já que Ralf Schumacher tinha ficado para trás.
Quando Barrichello foi às boxes, Schumacher ficou com a liderança, mas era assediado por Montoya, que na volta 34 ficou com o comando, aproveitando uma hesitação do alemão quando se preparavam para dobrar o Minardi do malaio Alex Yoong. Porém, na volta 38, o colombiano parava na pista, vitima de um problema hidráulico. Schumacher voltara momentaneamente para o comando, mas tinha ido às boxes e tinha cedido o comando a Mika Hakkinen. Este foi às boxes na volta 46, cedendo o comando a Barrichello, mas na volta 50, ele teve de fazer o seu segundo reabastecimento, e o comando da corrida caiu nas mãos de Hakkinen.
O finlandês parecia ter tudo controlado, mas Barrichello ainda tinha a última palavra. Foi atrás dele, e no final da volta 60, a diferença estava nos dois segundos. Mas de repente, o motor do Ferrari começa a deitar fumo e as suas chances de vitória esfumavam-se no ar, deixando o finlandês aliviado. Na meta, a McLaren comemorava uma inesperada vitória, seguido por Michael Schumacher e David Coulthard. Para o finlandês, iria ser a sua vigésima e última vitória na sua carreira.
Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Jordan de Jarno Trulli, o Jaguar de Eddie Irvine e o Sauber de Nick Heidfeld.
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