Mas se o vencedor for Max Verstappen, as coisas seriam diferentes. Se for ele o vencedor, não só seria uma estreia, como passaria para a história como alguém que bateu Hamilton e terminou com uma era que se arrasta desde 2014, com a introdução dos motores híbridos. E não falo só no Hamilton - Nico Rosberg levou a melhor em 2016 - mas sobretudo, é a Mercedes que foi batida. E isso sria uma mensagem poderosa, ainda por cima, no inicio de uma nova era, com pneus de 18 polegadas, mais cinco que atualmente, e modificações no chassis do qual não sabemos se implicará a continuidade da batalha, um novo domínio da Mercedes ou a entrada de algum novo ator em cena.
Nada disso sabemos. Apenas poderemos especular para o ano, porque agora queremos saber como isto acabará. Este ano perigoso, onde as emoções subiram cada vez mais ao ponto de ebulição. E por causa disso que os "sheiks" abrem os cordões à bolsa, não importa que os seus circuitos sejam sem sabor.
A sessão ficou momentaneamente interrompida quando Mick Schumacher arrancou um os cones da pista e ainda sobrou para Lando Norris, que levou com ele que estava no meio da pista. Cone recolhido rapidamente, e a sessão prosseguiu com Hamilton a fazer 1.22.845, para marcar presença na pista. Se Hamilton estava na frente, controlando tudo, atrás, Kimi Raikkonen, os Williams de Nicholas Latifi e George Russell, e os Haas de Nikita Mazepin e Mick Schumacher. Tudo normal, portanto.
Para a Q2, a Red Bull decidiu mudar de tática. Com todos a usar os médios, Max Verstappen e Sergio Perez decidiram usar os moles para tentarem uma tática diferente para superar os Flechas de Prata. Mas os primeiros a marcarem tempo foram Hamilton, que fez 1.23,185, quatro milésimos mais veloz que Max, na sua primeira tentativa. Valtteri Bottas fez o terceiro melhor tempo, 85 centésimos mais lento dos os dois postulantes ao título.
Inesperadamente, com os moles, Carlos Sainz Jr. sobe ao topo da tabela, fazendo 1.23,174, antes de um momento de pausa, porque todos se concentraram nos minutos finais, para fazer a sua volta.
No final, os Red Bull acabaram por ser melhores, mas por largar de moles, poderiam ter talvez sacrificado a corrida. Max estava na frente de Sergio Perez, com 1.22,800 do neerlandês e Hamilton era terceiro, nada atrás - 1.23,145, mas com médios. Bottas era sexto, também com médios, e Tsunoda era oitavo, o outro com médios.
Entre os que ficaram de fora, foram os Aston Martin, Fernando Alonso, Pierre Gasly e o Alfa-Sauber de Antonio Giovinazzi,
E claro, para o final, ambos saem juntos: Perez-Max, Bottas-Hamilton. Taco a taco, os companheiros a sacrificarem para os galos de combate. Contudo, Hamilton faz 1.22,460 e não conseguiu superar Max. Ele não melhorou, mas a última pole do ano era da Red Bull. E muitos diziam que poderia ser um passeio da Mercedes... contudo, eles usaram os moles, e isso tem outras vantagens que os médios. Já o terceiro era Lando Norris, no seu McLaren.
E os dois largam lado a lado. Vai ser interessante acordar cedo.
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