E um deles foi o quarto posto de Emerson Fittipaldi, no seu próprio carro, o melhor resultado da equipa, até então. Precisamente dois anos depois da sua estreia na Formula 1, e um ano depois de terem conseguido fazer com que Emerson embarcasse na aventura familiar.
O FD04 era, por incrível que pareça, já tinha um ano e evoluiu ao longo dessa temporada de 1976, onde conseguiu pontuar nas corridas de Long Beach, Mónaco e Brands Hatch, todos no sexto posto. Mas também foi ali que alcançaram o ponto mais baixo, ao não conseguirem se qualificar para o GP da Bélgica. E de quando em quando, um segundo chassis era entregue a Ingo Hoffmann para tentar a sua sorte na Formula 1. Das seis ocasiões em que andou no pelotão, não conseguiu qualificar-se em três.
Mas na Argentina, a Fittipaldi alinhou com os dois carros. Com 21 carros inscritos, os carros ficaram na parte final do pelotão: Emerson foi 15º na grelha, Ingo ficou cinco lugares mais abaixo. E com o calor que se fazia, o grande desafio de ambos era chegar ao fim, numa corrida com 53 voltas. Ali, foi o seu ritmo que foi superior ao de boa parte do pelotão, e aproveitava os abandonos para subir na classificação. Na volta 30, quando James Hunt desistiu, já estava nos pontos. Por essa altura, já Ingo tinha desistido, vitima de um motor rebentado.
A partir dali, tinha igualado o seu melhor resultado na equipa, mas quando Clay Regazzoni teve problemas e atrasou-se, fazendo-o subir ao quinto posto. A partir dali, era o melhor posto de sempre, numa altura em que outro brasileiro estava na frente: José Carlos Pace, no seu Brabham. Mas ali, o calor era forte, e o piloto não estava pronto para aguentar o ritmo, e atrás, Jody Scheckter andava bem no seu Wolf. A seis voltas do final, ele passa Pace e fica com a liderança, enquanto Emerson olhava aos espelhos para ver onde parava o Ferrari de Carlos Reutemann, que se atrasara devido a problemas no seu carro.
As voltas finais foram uma montanha-russa. É que Emerson esteve muito perto de um pódio. Quando na volta 51, Mário Andretti teve problemas no seu Lotus, acabando por parar, o terceiro lugar poderia ser seu. Mas Reutemann estava mais rápido e conseguiu passar o brasileiro, para gaudio dos locais. E a ideia do primeiro pódio para a Copersucar... não aconteceu. Por pouco. E poderia ter feito companhia a Pace, e secundarem um inesperado carro - mas não um piloto - no circulo dos vencedores.
Mas o objetivo estava alcançado: tinham sobrevivido ao calor, e pelo meio, conseguiam o melhor resultado até então na equipa.
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