Mas o grande feito do piloto britânico com a Porsche foi em Itália, nas estradas sicilianas. Em plena primavera, com a Ferrari ausente, a Porsche e a Alfa Romeo pensava que tinham a chance de vitória. Na casa de Estugarda, inscreveram um 907 para Elford e o local Umberto Maggioli contra os Alfas guiados por gente como Nanni Galli, Lucien Bianchi e Ignazio Giunti.
Para Elford, o desafio começou logo na primeira volta, quando ele furou e perdeu mais de 10 minutos. Todos julgavam que as chances de vitória tinham acabado e disseram a ele para se concentrar em bater o recorde da volta. Elford entrou no carro e a partir dali, realizou sete voltas absolutamente excecionais. Graças ao seu estilo de condução, baseado dos ralis, fazia "drifting" nas curvas, para delírio dos espectadores, tentando ganhar assim tempo para a concorrência. Claro, ele conseguiu fazer baixar o tempo por volta e no final da sexta passagem pela meta, estava perto dos carros da frente, dando o volante para Maggioli, que o guiou nas três voltas seguintes.
À nona volta, o italiano devolveu o carro a Elford, esperando que fizesse o ataque final aos Alfas, que fez. No final, três minutos separam os dois primeiros, a favor do Porsche, numa das melhores conduções de um piloto de automóveis, só comparado com o GP da Alemanha de 1957, com o Juan Manuel Fangio, no seu Maserati.
No final, a Porsche, para comemorar a vitória, fez este cartaz, o que é raro, porque normalmente, o destaque era o carro. Mas aqui, reconheceram que sem o piloto, não teriam conseguido aquele triunfo. Era a sua terceira grande vitória do ano, e ainda faltava mais desse "annus mirabilis" que passou há mais de meio século.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...