segunda-feira, 21 de março de 2022

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Reine Wisell a bordo do Lotus 56 Turbina, durante o fim de semana do GP da Grã-Bretanha de 1971. Ele apenas conseguiu o 19º melhor tempo, e acabou a corrida 11 voltas atrás do vencedor, não se classificando. 

O piloto sueco, que morreu neste domingo aos 80 anos, esteve na Lotus entre o final de 1970 e o final da temporada de 1971, com um regresso em 1972 para disputar as corridas americanas dessa temporada. O seu maior sucesso foi logo no GP dos Estados Unidos de 1970, quando conseguiu o seu único pódio da sua carreira. 

O Lotus 56 Turbina era um carro que foi desenhado por Colin Chapman para as 500 Milhas de Indianápolis de 1968, no sentido de aproveitarem a tecnologia do motor a turbina, proveniente dos helicópteros. O carro era veloz em reta... e nada mais. Não era muito controlável, e num dos testes na pista americana, o Mike Spence morreu quando bateu contra a parede e levou com um dos pneus na cabeça. 

Depois da experiência americana, ficou de lado por uns tempos até o retirar do seu canto para uma experiências em 1971. E todos os seus pilotos iriam guiá-lo: Dave Walker, no GP dos Países Baixos, Wisell, em Silerstone, na corrida britânica, e Emerson Fittipaldi em Itália. Também iriam guiar nas provas extra-campeonato, como o Race of Champions, em Brands Hatch, ou o International Trophy, em Silverstone. A única coisa que eles acharam positivo foi que o carro era bom à chuva, mas era frágil e pouco guiável.

Mas isso foi a justificação para levar o carro às corridas oficiais. Na primeira corrida, em Zandvoort,  houve alguma esperança e espanto quando, à chuva, o carro subiu nos lugares de classificação muito rapidamente, podendo provavelmente chegar à frente, mas o australiano perdeu o controlo do carro e acabou por desistir. 

Com Wisell no comando, agora na corrida britânica, numa temporada onde andaram mais com o modelo 72 - mas do qual pouco investiram no seu desenvolvimento, não ganharam qualquer corrida - ele experimentou o carro e andou muito desfasado do resto do pelotão. As 11 voltas que perdeu atrás do vencedor mostraram que aquele carro era inviável, mesmo em pistas rápidas. E nem o oitavo posto em Monza, da parte de Fittipaldi, numa corrida onde os cinco primeiros estiveram esperados por menos de um segundo, o convenceu de que aquele carro valia a pena.

E claro, se um não vale, outro sairá beneficiado. Ao virarem os seus recursos para o 72, a partir de 1972, ajudaram o carro a ser a lenda que acabou por ser, com o título mundial para Emerson e sete vitórias para Ronnie Peterson, em 1973 e 74. Wisell voltou a andar com o carro, mas os seus melhores momentos já tinham passado. 

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