terça-feira, 29 de março de 2022

A imagem do dia


Uma face do qual poucos se lembram: Max Mosely piloto. Aliás, ele era um dos que estavam inscritos na corrida de Formula 2 em Hockenheim, a 4 de abril de 1968, quando Jim Clark sofreu o seu acidente mortal, guiando um Brabham. Não era um grande piloto, e foi mais ou menos nesta altura que o filho de Oswald Mosley descobriu que o melhor a fazer era contribuir de outra forma no automobilismo. Daí ele depois ter sido um dos fundadores da March, e mais tarde advogado de Bernie Ecclestone e da formula 1, e no final, presidente da FIA por 16 anos, entre 1993 e 2009.

Max Mosley não foi uma personagem consensual, especialmente quando se descobriu os seus gostos... peculiares, que depois resultou nele a processar os tabloides britânicos, afirmando que tinha o direito à sua privacidade. Morreu a 23 de maio de 2021, aos 81 anos, e não se sabia que as autoridades policiais britânicas tinham aberto um inquérito às causas da sua morte. Pelo menos... até hoje. É que, cerca de dez meses depois, foram divulgadas as conclusões do inquérito, e se disse que ele cometera suicídio depois de saber que tinha um cancro incurável na próstata, do qual tinha estado em tratamento no último ano. 

E os pormenores não foram lá muito... limpos. Aparentemente, Mosley pegou numa espingarda de caça, colocou o dedo do gatilho e disparou. Podem imaginar o resto.

Um vizinho e um dos criados na sua casa em Chelsea descobriu uma nota escrita por ele, dizendo simplesmente "não entrem no quarto, chamem a policia". Uma segunda nota foi encontrada ao pé do seu corpo. Estava largamente ilegível, devido ao sangue espalhado, mas uma das frases que se poderia ler era "não tinha outra escolha" para ter feito o que fez. Aparentemente, o tumor tinha-se espalhado de tal forma que ele estava convencido que tinha "semanas de vida".  

Afinal, a vida de Mosley, que não foi comum, teve um último capitulo no qual ele escreveu pelo seu próprio punho. 

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