quarta-feira, 9 de março de 2022

Mazepin quer o dinheiro de volta, mas...


Quase uma semana depois do despedimento de Nikita Mazepin da Haas, ele reagiu afirmando que irá reclamar o dinheiro de volta da equipa que o acolheu. Contudo, ele tem um problema: a sua família acaba de estar na lista dos russos sancionados pela União Europeia, logo, as suas contas e propriedades estão congeladas. 

Esta manhã, ele decidiu falar à imprensa por videoconferência e começou por se queixar que tinha recebido a ordem de despedimento 15 minutos antes do anuncio oficial.  "Soube do meu despedimento ao mesmo tempo que tinha sido divulgado à imprensa. Gostaria de pensar que sou um jovem de 23 anos, e não estava preparado para isso. Não recebi qualquer dica ou apoio a dizer: ‘Esta é a decisão que tomámos, vai ser divulgada dentro de 15 minutos’”.

Ele pensava que poderia competir debaixo de bandeira neutra, como a FIA tinha dito que iria impor aos pilotos russos e bielorussos. “Tinham-me dito que se a FIA me permitisse competir pelas suas regras, e eu concordo com elas, não haveria ações para me tirar o lugar, porque não há nenhuma obrigação legal ou razão para o fazer”, afirmou.

Contudo, mesmo com essa opção, os países começavam a tomas outras medidas para além da FIA. O Reino Unido, por exemplo, tinha proibido a presença de Mazepin, impedindo-o de correr na corrida de Silverstone, na segunda semana de julho, e outros países da Europa e Estados Unidos tinham tomado a mesma decisão. Logo, mesmo com a bandeira da FIA, a sua posição era insustentável. Mazepin também quer criar uma fundação para ajudar os pilotos russos que estão na mesma situação que ele, mas também é provável que isso não passe das palavras, por causa das razões acima, e com o rublo em queda livre, a economia local poderá estar estilhaçada e demore uma geração para recuperar para o estado onde estava antes.  

Entetanto, a Uralkali, empresa detida maioritariamente pelo seu pai, Dmitry Mazepin, comunicou que “pretende proteger os seus interesses de acordo com os procedimentos legais aplicáveis e reserva-se o direito de iniciar processos judiciais, reclamar indemnizações e pedir o reembolso dos montantes significativos pagos pela Uralkali para a temporada de Fórmula 1 de 2022″. 

Mas com as sanções que a União Europeia impôs a ele e à sua empresa, é provável que tudo isto caia em saco roto. Entretanto, a Formula 1 começa amanhã a sua segunda bateria de testes e Pietro Fittipaldi será o piloto que se sentará no carro, pelo menos durante estes dias, como piloto de reserva que é, enquanto outros nomes se falam, como o dinamarquês Kevin Magnussen, o italiano Antonio Giovinazzi, o alemão Nico Hulkenberg e o australiano Oscar Piastri

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