Nascido a 10 de junho de 1935 em Londres, "Quick Vic" é o único piloto da história do automobilismo que triunfou no Rali de Monte Carlo - em 1968, a bordo de um Porsche 911 - e teve carreira na Formula 1, especialmente com um quarto posto na sua corrida de estreia, no GP de França de 1968, a bordo de um Cooper. Aliás, ele foi o último piloto oficial da marca antes desta abandonar a Formula 1 no final dessa temporada. Ainda nesse ano, deu à Porsche o seu primeiro grande triunfo, ao ganhar as 24 Horas de Daytona, num modelo 907, ajudado por Jo Siffert, Hans Hermann, Jochen Neerspach e Rolf Stommelen. E ao lado de Umberto Magioli, triunfou também na Targa Florio, depois de ter perdido 18 minutos devido a um furo, no inicio da prova.
Com o começo nos ralis - primeiro como navegador, antes de pegar no volante em 1962 - começou a obter sucesso com a Ford, a bordo dos seus Cortina, em 1964. Em 1967 trocou pela Porsche e foi bem sucedido, acabando por ser o campeão da Europa de ralis. E em Le Mans, na sua estreia, venceu na classe de 2 litros, com o 907, ao lado do neerlandês Ben Pon. No ano seguinte, acabou por ter o seu "annus mirabilis" com as vitórias em Monte Carlo, Daytona - com uma semana de intervalo! - Targa Florio e a sua estreia na Formula 1 num Cooper, com bons resultados.
Em 1969, correu num dos 917L ao lado de gente como Richard Attwood e Kurt Aherns nas grandes provas de Endurance, mas apenas em Sebring é que conseguiu resultados, ao triunfar na edição de 1971, ao lado do francês Gerard Larrousse. Ambos também acabaram no primeiro posto nos 1000 km de Nurburgring, ajudando a marca a ser campeã de Construtores.
Em 1972, nas 24 Horas de Le Mans, a bordo do Alfa Romeo T33 e com Helmut Marko como seu parceiro, foi protagonista de um ato altruísta: na manhã da corrida, ele parou o carro ao ver um Ferrari a bater forte no guard-rail e começar a arder. Na realidade, tinha visto apenas parcialmente, porque esse Ferrari tinha batido no Lola de Jo Bonnier, que tinha voado para além dos guard-rails e acabando na floresta, a arder. O veterano Bonnier tivera morte imediata e Elford entrou no Ferrari incendiado para tentar salvar o seu piloto, o francês Florian Vetsch, que na realidade, tinha saído incólume do carro.
Contudo, o seu ato não passou despercebido e foi condecorado pelo governo francês com a Ordem Nacional de Mérito.
Depois de se retirar, radicou-se na Florida, onde era presença assídua nas competições em Sebring, Daytona e Watkins Glen, e ajudou a escrever livros sobre a sua passagem pela Porsche, bem como uma autobiografia, em 2005.
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