quarta-feira, 2 de março de 2022

Um aniversário amargo


Hoje é o dia de anos de Nikita Mazepin, mas as prendas que está a receber têm sido amargas. Para não falar do seu lugar em risco - a FIA decidiu ontem à noite que os seus atletas não seriam excluídos, poderiam competir como individuais - hoje, a noticia de que as autoridades britânicas não permitiriam a presença do piloto russo no seu solo para disputar o GP da Grã-Bretanha, em julho, é a consequência das ações do exército russo sobre a Ucrânia. 

A decisão da Motorsport UK, tomada hoje, serve para os que competem com licenças desportivas russas e bielorussas, e é uma decisão individual. Mas poderá servir de base para que outros países seguirem o mesmo rumo nos próximos dias. 

“O reconhecimento das licenças emitidas pela federação automóvel russa e pela federação automóvel bielorrussa está suspenso no Reino Unido. Como consequência nenhuma equipa com licença russa/bielorrussa é aprovada para participar em competições automobilísticas no Reino Unido; nenhum concorrente e comissários com licença russa/bielorrussa são aprovados para participar em eventos de desporto automóvel no Reino Unido; nenhum símbolo nacional russo/bielorrusso, cores, bandeiras [no fato, equipamento e carro] a ser exibido nos eventos do Motorsport UK será permitido.", declarou a federação, em comunicado oficial.

David Richards, o seu presidente, afirmou que: “É nosso dever utilizar qualquer influência e pressão que possamos ter para pôr fim a esta invasão totalmente injustificada da Ucrânia. Gostaríamos de encorajar a comunidade do desporto automóvel e os nossos colegas em todo o mundo a aderirem plenamente às recomendações do Comité Olímpico Internacional e a fazer tudo o que pudermos para pôr fim a esta guerra. O Motorsport UK está unido a Leonid Kostyuchenko, o Presidente da FAU [Federação ucraniana], à comunidade automobilística ucraniana e ao povo ucraniano e apela para que a violência termine com uma resolução pacífica”.

Assim sendo, apesar da garantia dada pela FIA, nada garante a sua continuidade, quer na Haas, quer na Formula 1, quer mesmo no automobilismo. A retirada do patrocinador, a Uralkhali, a firma de fertilizantes controlada pelo seu pai, Dimitri Mazepin, colocou o seu lugar em risco, e apesar da Haas ter dito que iriam falar esta semana sobre a situação, nada se sabe se as contas quer da firma, quer as pessoais da família já estejam congeladas por parte dos bancos europeus. E se ainda não foram feitos os pagamentos, isso implica que o lugar esteja... à venda, digamos assim. 

Os próximos dias irão dizer como esta situação se resolverá. Pessoalmente, não ficaria admirado se ele fosse impedido de correr no espaço da União Europeia... 

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