“Estamos muito atrás”, admitiu Verstappen no final da corrida. “Não quero sequer pensar na luta do campeonato neste momento. É mais importante terminar as corridas”.
Max concedeu ainda que antes do abandono, a situação do seu carro não estava a ser a ideal, pois em termos de ritmo, perdiam muito terreno para o Ferrari de Charles Leclerc. “Hoje foi novamente um dia mau. Não tivemos ritmo. Estava apenas a gerir os meus pneus para os levar até ao fim. Sabia que não podia lutar contra Charles [Leclerc], por isso não valia a pena pressioná-lo. Nem sequer terminamos a corrida, por isso é frustrante e inaceitável”.
O piloto neerlandês terminou dizendo que: “se quisermos lutar pelo título, estas coisas não podem acontecer”.
E as queixas dele tem alguma razão. É verdade que a Formula 1 ainda não chegou à Europa - a primeira corrida será dentro de menos de duas semanas, em Imola - e se não tem problemas em relação à competitividade, o problema é a fiabilidade. Num campeonato longo, os atrasos podem ser recuperáveis, se ele ficar na frente do adversário, mas se o "handicap" for de mais de duas corridas em relação ao seu rival, as coisas começarão a ser bem mais difíceis. Especialmente se tiver mais um problema como teve em Shakir e Melbourne, e em contraste, Charles Leclerc triunfar de novo, e de 46, o atraso poderá passar para 71.
Aí, e mesmo que os problemas com o sistema de combustível sejam resolvidos - apesar de se dizer que sem a Honda a ajudar, é mais complicado - já não dependeria de ele mesmo para recuperar. E pior: com os constantes rumores de que a Ferrari poderá estar a usar a sua unidade de potencia de forma conservadora - ou seja, para poupar motores, logo, jogar com a fiabilidade, não abdicando de ser competitivo.
Por outro lado, o erro de Carlos Sainz Jr na Austrália poderá ter balançado as coias a favor de Charles Leclerc. O monegasco é mais veloz que o espanhol, mas agora é um piloto mais maduro e está a aproveitar bem as oportunidades. Alia-se a isso uma unidade de potência que poderá ser mais forte que se pensa - os rumores falam que a Ferrari poderá estar a usar os motores de forma conservadora, ou seja, há mais potência que aquela que têm - e isso quer dizer que poderá ter tudo garantido para eles em 2022.
O que me fax pensar em 2019. Lembram-se do tal acordo que a FIA e a Ferrari fizeram por causa da unidade de potência que estaria "fora do regulamento"? Como sabem, em 2020, a Scuderia andou para trás, não triunfando e acabando na sexta posição do campeonato. O que poderemos garantir que esta não será a segunda parte desse acordo?
Bem sei que é mera especulação, mas como sabem, o acordo nunca foi divulgado
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