domingo, 10 de abril de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 3, Melbourne (Corrida)


Terceira ronda de um longo campeonato, que nesta final de semana está no outro lado do mundo. E neste terceiro percurso, já entendemos que a Red Bull é a equipa mais consistente, com a Ferrari a ser a sua rival, contra uma Mercedes que depois de vários anos de domínio, foi superada. Superada... mas não creio que tenha sido derrotada. 

Mas independentemente de como anda a hierarquia da Formula 1 em 2022, havia uma coisa boa: ela estava de regresso à Austrália. Num circuito mais veloz que anteriormente, a pista de Albert Park recebia os pilotos e as equipas com a sensação de que estavam de regresso a um lugar do qual apenas uma pandemia os afastou. E nestes tempos, as pessoas estão a sentir o final dessa eram para uma normalidade que por ali, era real porque a guerra estava muito, mas muito afastado. 


A partida foi calma na frente, mas agitada atrás. Especialmente para Carlos Sainz Jr, que aparentemente, perdia posições porque não tinha ideia do porquê. Na segunda volta, as coisas pioraram, para pior, quando perdeu o controlo do seu Ferrari, despistou-se e entrou na gravilha, ficando por lá. Situação suficiente para que o Safety Car entrasse pela primeira vez na pista. 

Isso foi aproveitado por Lance Stroll para ir às boxes e calçar médios, sendo o primeiro a fazer isso. E quando a corrida recomeçou, Leclerc continuou na frente, com Max a tentar acompanhá-lo, com algumas dificuldades. Atrás, Pérez começava a pressionar Hamilton para ficar com o terceiro lugar, o que conseguiu na décima volta. Quanto a Russell, monitorizava os McLaren, mas estes não eram grande ameaça. 

As primeiras paragens começaram a acontecer na 14ª passagem pela meta, trocando os médios por duros - indo assim até ao final da prova - para gente como Mick Schumacher e Nicholas Latifi. Verstappen e Ricciardo entram apenas na volta 19, Leclerc e Hamilton na seguinte, ficando o britânico na frente de Perez na saída das boxes. Mas o mexicano pressionou e ultrapassou o piloto da Mercedes na 23, em plena aceleração, mostrando que os energéticos tem mais velocidade de ponta que os Flechas de Prata. 


E foi precisamente nesta altura em que Vettel parava na pista devido a uma batida, fazendo sair o Safety Car. Russell aproveitou para trocar de pneus. Na frente, os três primeiros, Leclerc, Verstappen e Russell, com Alonso em quarto, mas sem trocar de pneus. Magnussen era sétimo, também sem trocar de gomas.

A corrida retoma na 26ª passagem pela meta, e quando recomeçou, Max ficou bem atras de Leclerc e ficaram lado a lado. Não conseguiu, mas o piloto da Red Bull não deixou de o pressionar, porque Russell também estava atrás, com vontade de passar. Mas o monegasco aguentou bem e manteve a liderança. 

Perez teve de esperar até à volta 30 para passar Alonso para ser quarto, pois o piloto das Asturias ainda tinha os mesmos pneus desde a partida. Hamilton fez o mesmo pouco depois. Atrás, Magnussen aguentava os McLaren, também com os mesmos pneus que tinha desde o primeiro metro, a fazia o seu melhor com os duros. Somente Norris o passou na volta 34. Na frente, Perez tentava apanhar Russell, mas o bom ritmo do britânico era melhor e aguentava o assédio do mexicano. Apenas na volta 36 é que o piloto da Red Bull era terceiro, porque nas boxes de Brackley, eles pediam para aguentar os pneus. 


Na frente, Leclerc tinha aberto até cinco segundos sobre Max... até que na volta 39, mais drama: Max estava a parar por causa do motor, que pegava fogo. Safety Car virtual, gente como Alonso e Magnussen pararam nas boxes e os fãs ficavam com as mãos à cabeça quando sabiam do segundo abandono do piloto neerlandês em três corridas. 

A partir daqui, Leclerc estava tranquilo na frente, porque Perez estava bem longe. Os Mercedes rodavam juntos, com Russell na frente de Hamilton, no sétimo estava Albon, com pneus... desde a partida (quem diria!) e no nono posto, Lance Stroll aguentava o resto do pelotão, estilo "comboio dos duros". Mas não...

Perez tentava aumentar o ritmo para apanhar o piloto da Ferrari, mas na volta 51, ele saiu da pista e perdeu tempo, fazendo aproximar os Mercedes. Contudo, na frente, e bem tranquilo, Leclerc ia conseguir o seu segundo triunfo no campeonato, e com o abandono no neerlandês, iria dar um pulo para a frente na classificação geral. E os McLaren, quintos e sextos, com Norris na frente do "homem da casa", Daniel Ricciardo. 

E quem era o espertalhão era Alex Albon, que levou os seus pneus até... à penultima volta, quando foi às boxes e calçou moles. Regressou à pista e ainda sacou um ponto pelo décimo lugar, dando o primeiro ponto da Williams em 2022.


Assim foi a prova australiana. Teve o seu quê de emoção, mas parece que os carros da Red Bull a serem velozes, mas quebráveis, a Scuderia parece ter o caminho aberto do título, e por fim, Louis Chiron tem um sucessor garantido. Só faltam 20 corridas para Maranello comemorar, mas Imola vi ser uma festa e os bilhetes para Monza já se devem ter esgotado há muito...  

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