Com quatro especiais até ao final do rali, este dia foi inesperadamente especial. Com Rovanpera a ter pedido algum tempo no dia anterior, o estónio da Hyundai decidiu aproveitar este dia para um ataque decisivo para a liderança do rali. Mas logo de inicio, na primeira passagem pelo troço Trakošćan - Vrbno, Esapekka Lappi foi o melhor, com Rovanpera a 0,8 e Tanak a 12 segundos, vendo escapar o finlandês.
"Os pneus não estão a funcionar. Está bastante seco. Estávamos muito assustados com a possibilidade de chuva e agora está bastante ensolarado, mas tivemos que arriscar.", disse Tanak no final da especial.
Na primeira passagem por Zagorska Sela - Kumrovec, era Neuville o melhor, 4,8 segundos sobre Tanak, enquanto Rovanpera perdia 7,5 segundos. "Na primeira especial, a escolha de pneus foi boa, mas nesta o [composto] macio seria melhor. Estou feliz por não termos perdido muito tempo para Ott [Tanak], mas tivemos uma corrida limpa em um ritmo bastante bom. É bom."
Em contraste, Tanak não se mostrava exultante. Pelo contrário, demonstrava admiração por Rovanpera pelo que fazia no rali. "Kalle é um bom piloto e está se esforçando muito. Lá estava mais sujo, então vamos ver. Pelo menos passamos em segurança."
E tudo se resumia à Power Stage. No final, Rovanpera foi o melhor, 5,7 segundos melhor que Ott Tanak, o segundo. E ambos deram muito tempo a Elfyn Evans, 21,9 segundos, e a bater por pouco Craing Breen, quarto, a 22,2. Neuville sofreu um acidente e arrastou-se até ao final, não perdendo o terceiro posto.
"Eu tinha a certeza de que não poderíamos ser tão rápidos com esses pneus, mas foi incrível. Nós forçamos muito e acho que merecemos este fim de semana. Com certeza, foi a vitória mais difícil da minha carreira.", disse o finlandês no final da Power Stage.
"Não arrisquei, mas Kalle obviamente fez uma boa pilotagem. Estávamos lutando pela vitória, mas apenas por causa de decisões inteligentes e escolhas de pneus.", reconheceu Tanak.
Depois dos três primeiros, Craig Breen conseguiu ficar com o quarto posto, a 3.07,3, não muito longe de Elfyn Evans, a 3.46.0 minutos, no segundo Toyota. Katsuta Takamoto, noutro Toyota, foi o sexto, a 8.08,5, muito distante num rali complicado para os menos experimentados. Yohan Rossel foi o sétimo, a 10 minutos do bencedor (10.01,0), e o melhor dos Rally2, na frente de Kajetan Kajetanowicz, a 11.01,2, no seu Skoda Fabia Rally2, e a fechar o "top ten" ficaram o finlandês Emil Lindeholm (a 11.11.9) e Nikolay Gryazin, a 11.48,5.
Agora o WRC regressa à ação nas estradas portuguesas, entre os dias 19 e 22 de maio, dentro de quatro semanas.
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