Aquele ano de 1967 até corria bem para ele. Já era primeiro piloto na sua equipa de Formula 1, depois de John Surtees ter saído a meio da temporada anterior, e a seu lado estava outros pilotos como Mike Parkes e Chris Amon. Tinha triunfado nas 24 Horas de Daytona, ao lado de Amon, e tinha conseguido um segundo posto na Race of Champions, atrás do triunfador, o Eagle de Dan Gurney. Havia esperanças de ser a ponta de lança da Scuderia contra os Ford, que tinham ganho no ano anterior, com o GT40, ele, que tinha triunfado em 1963, ao lado de Ludovico Scarfiotti.
A Ferrari não participou em Kyalami, e apareceram em Monte Carlo, com Amon. E nesse tempo, era uma corrida extenuante: 100 voltas, dezenas de passagens de caixa por volta, sempre manuais, nada dos semiautomáticos que existem agora.
Apesar de Mónaco ser pequeno, o grande problema é que naquelas três horas, os pilotos cansavam depressa. E à medida que perdiam a frescura, a concentração era mais complicada de se manter. Ao longo da corrida, Bandini andava atrás do Brabham de Dennis Hulme e já não o conseguia alcançar.
O acidente, mais do que ter acontecido por causa de uma distração, e ter feito arder os fardos de palha, porque o depósito de combustível se ter rompido, foi agravado quando um dos helicópteros da transmissão televisiva se ter aproximado para filmar o carro a arder, dificultando o socorro. E curiosamente, um dos que o socorreu foi Giancarlo Baghetti, que estava ali como espectador, ele que já corria ocasionalmente - mais tarde, nos anos 70 e 80, aparecia na televisão como testador dos carros da Fiat, Alfa Romeo e Lancia, entre outros.
Contudo, Bandini ficara preso por baixo do carro, e a gasolina caiu sobre o seu corpo. Resultado, ele ficou com mais de metade do corpo queimado e agoniou por três dias antes de sucumbir aos ferimentos. Foi por causa disso que a partir do ano seguinte que o número de voltas ao Mónaco se reduziu para 80 - depois caiu para os 78 atuais - e os fardos de palha saíram de cena para dar lugar a mais guard-rails. Mas a falta de um italiano na Scuderia se manteve até aos dias de hoje, porque gente como Arturo Merzário, Michele Alboreto, Ivan Capelli e Luca Badoer, não fizeram esquecer a memória de Bandini, um dos últimos italianos vencedores na Scuderia.
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