segunda-feira, 16 de maio de 2022

A imagem do dia


Vinte e quatro horas depois do acidente, descobrimos que a batida de Charles Leclerc no Mónaco, durante o Historique Grand Prix, que o fez embater o carro que guiava contra as barreiras em La Rascasse, foi por falha mecânica. E quem conta isso é a Autosport britânica, no seu site. E esta fotografia confirma tudo isso: os destroços que aparecem por baixo do Ferrari 312B3 de 1974, guiado por Niki Lauda, são do disco de travão que se desintegrou, antes de aplicar o pedal e o carro fazer um pião. 

Depois do acidente, ele explicou o que aconteceu:

"Perdi os travões. Perdi os travões! Travei, o pedal estava duro e foi para o chão", disse ele.

Mas admitiu que foi feliz, no meio da má sorte:

"Tive sorte de tê-lo naquele momento, porque se tivesse em outro lugar, não adiantava... o problema é que me assustei. Cheguei normalmente na meta."

Contudo, apesar de todas as explicações, uma simples visualização nas redes sociais mostra o preconceito presente. Quer seja contra Leclerc, contra a Ferrari ou contra esta geração atual de pilotos, que os consideram piores que os que pilotavam há meio século, como o próprio Lauda. Os tais "piloto raiz" que tanto admiram e hoje em dia, só conseguem pilotar se tiverem muita eletrónica. Escusado será dizer que estão agarrados a um passado a uma ideia que só existem nas mentes deles, mas pergunto a mim mesmo o seguinte: se andam a criticar toda esta gente, então porque estão ainda a ver corridas? 

Para mim, a conclusão que se chega é obvia: perderam uma chance de ficarem calados.  

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