sábado, 21 de maio de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 6, Barcelona (Qualificação)


Depois de duas semanas em paragens americanas, a Formula 1 regressava à Europa para correr o GP de Espanha, em Barcelona, num circuito que todos conheciam como a palma das suas mãos. Claro, que isto pode ser a antecâmara de uma corrida terrivelmente aborrecida, mas num campeonato onde a Ferrari pode ter aproveitado muito bem os erros e abarias dos adversários para ficar com o comando, a recuperação dos Red Bull poderá tentar fazer com que isto não seja um assunto resolvido.  

Numa prova onde algumas equipas trouxeram algumas modificações nos seus carros, como a Aston Martin - até deu polémica, porque eram parecidos com as alterações da Red Bull - a tarde deste sábado era de calor na Catalunha, mas com algum entusiasmo entre os espanhóis, porque poderiam ver aqui uma inédita pole para o outro piloto da Ferrari, que não Leclerc. Era essa a esperança.

A qualificação começou com os Red Bull a serem os primeiros a marcar voltas mais rápidas, primeiro Perex, depois Verstappen, quando marcou 1.20,091. Mais tarde, os Ferrari foram para a pista, com Carlos Sainz Jr. a marcar um tempo melhor, antes de charles Leclerc fazer  1.19,861, e ir para o topo da tabela de tempos. 

À parte um incidente na fase final ente Lance Stroll e Lando Norris na saída das boxes, com o canadiano a ser provavelmente alvo de uma possível penalização, os segundos finais da primeira fase da qualificação ficaram marcados pelo tempo de Mick Schumacher, que o tirou dos lugares de eliminação, enquanto a Fernando Alonso, saiu-lhe a "fava", quando apanhou transito e não conseguiu passar à Q2, fazendo companhia aos Aston Martin de Sebastian Vettel e Lance Stroll, e os Williams de Alexander Albon e Nicholas Latifi.

Passado uns minutos, aconteceu a Q2, e ali, os Mercedes foram os primeiros a sair, mostrando que muitos dos seus problemas de "porpoising" parecem ter sido resolvidos, ao ponto de George Russell ter feito o melhor tempo, com 1.19,470. Os pilotos da Ferrari e Max decidiram rodar com pneus usados, e fizeram tempos piores, com Hamilton a chegar a segundo, 324 centésimos mais lento que o seu companheiro de equipa.


Mas na parte final, as coisas modificaram-se um pouco. Primeiro, todos entraram na pista com pneus novos para marcar tempos. E ali, primeiro, Carlos Sainz Jr passou para a liderança da tabela de tempos com 1.19,453, para a seguir, Max Verstappen passou para a liderança da tabela de tempos. Ao mesmo tempo, Lando Norris passou os limites da pista e viu o seu tempo anulado, ficando de fora da Q3. O grande beneficiado foi... Mick Schumacher, que pela primeira vez na sua carreira, conseguiu colocar o seu carro na parte final da qualificação, fazendo companhia a Kevin Magnussen. 

E para além de Norris, os eliminados foram Esteban Ocon, Yuki Tsunoda, Pierre Gasly e Guanyu Zhou.

A Q3, que começou na parte final da hora, começou com algo que agitou o pelotão: o pião de Charles Leclerc. O monegasco ia marcar um tempo mais rápido que Carlos Sainz Jr quando perdeu o controlo do seu Ferrari e abortou a sua volta. Quem aproveitou foi Max Verstappen, que ficou na pole provisória com o tempo de 1.19,073. Seguiam-se Sainz, Pérez, Russell e Hamilton.

Apenas na parte final, na volta final, é que as coisas mudaram bastante. Max Verstappen teve problemas com o seu DRS, que não abriu, e Leclerc teve uma volta perfeita, fazendo 1.18,750, muito melhor que a volta do piloto da Red Bull. Carlos Sainz Jr foi o terceiro, com 1.19,166, na frente de Russell, Pérez e Hamilton. 


E pronto: foi assim que o monegasco conseguiu a sua 13ª pole da sua carreira, a quarta da temporada, demonstrando que a Ferrari, em velocidade média, é superior ao Red Bull. Agora resta saber o que acontecerá amanhã na corrida. Se os carros vermelhos terão uma vantagem neste circuito, ou os energéticos tirarão uma da cartola e levarão a melhor.  

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