Hoje em dia, com o profissionalismo existente em todas as modalidades, largar uma rumando a outra é muito mais dificil. Mas no inicio do século XX era mais fácil, e a história de um dos melhores pilotos do inicio desse século, piloto da Alfa Romeo, vencedor da Targa Florio, e quando morreu, a equipa assinalou a sua perda cortando um dos cantos do seu símbolo e retirando permanentemente o seu número... pelo menos, nos carros italianos.
Como ando a falar muito sobre os pilotos de há cem anos, este mês, é a altura de contar a história de Ugo Sivocci.
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Em 1922, participa na Targa Florio com Campari e Ascari, mas quem leva a melhor e outro compatriota deles, Giulio Masetti, que corre num Mercedes. Sivocci não consegue mais do que o nono posto, mas noutras probas, o desfecho é algo diferente, como por exemplo, um segundo lugar no Parma-Poggio Berceto, a bordo de um Alfa 20-30 ES Sport.
No ano seguinte, aparece o modelo RL, e torna-se muito melhor. Inscrebe-se na Targa Florio, ao lado de Ascari e Masetti, este vindo da Mercedes. Os carros vermelhos estavam pintados com um travo de quatro filhas verde num losango de fundo branco e ao longo da corrida, está atrás de Ascari ao longo da corrida, até que na parte final, este tem problemas com o motor e Sivocci aproveita e fica com o comando, acabando por triunfar, na frente de Ascari e o Steyr de Ferdinando Minoia. Torna-se na primeira grande vitória da equipa do Quadrifoglio no automobilismo na cena internacional e claro, a sua primeira grande vitória na sua carreira. E a partir dali, os carros termia sempre o travo de quatro folhas nos seus carros.
No final do ano, era a altura do GP de Itália, que no segundo ano seguido iria ser em Monza. A Alfa Romeo iria participar em força, com Ascari, Sivocci e Campari. Todos corriam com o modelo P1. Na altura, os pilotos guiavam com os seus mecânicos, e o de Sivocci era Angelo Guatta. Inscrito com o número 17, o pessoal em Arese tinha-se esquecido de uma coisa: pintado o Quadrifoglio Verde na sua carenagem. (...)
Há cem anos, a Alfa Romeo era das melhores equipas de automobilismo, com gente como Antonio Ascari, Enzo Ferrari, Giuseppe Campari e o senhor do qual falo este mês, Ugo Sivocci. Um dos pilotos que, por causa dele, a marca criou o símbolo Quadrifoglio, o trevo de quatro folhas, e que ajudou a marca a ganhar a Targa Florio, uma das maiores provas de resistência do automobilismo.
E é sobre Sivocci que escrevo este mês no Nobres do Grid.
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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...