Ao contrário de ontem, onde a qualificação começou mesmo no final da tarde, aqui, no dia da corrida, ele aconteceu por volta do nosso meio-dia. E com Red Bull e Ferrari a dividirem as duas primeira linhas, todos queriam saber quem levaria a melhor na primeira curva, e depois, no resto.
Já Nicholas Latifi foi penalizado com um "Stop & Go" de dez segundos porque um dos mecânicos tocou no seu carro depois do tempo permitido, entrando em infração.
Na nona volta, o primeiro golpe de teatro para Maranello, quando Sainz Jr parou na escapatória da curva 4, e isso motivou um Virtual Safety Car. Charles Leclerc aproveitou para entrar nas boxes e colocar pneus duros, tal como fez George Russell, Pierre Gasly, Sebastian Vettel, Lewis Hamilton e Yuki Tsunoda. Os Red Bull, com pneus médios, ficaram na pista. Pérez liderava ainda, seguido de Verstappen.
Quando a corrida retomou, o mexicano continuou na frente, mas o neerlandês pressionou-o e no final da volta 15, conseguiu ficar com o primeiro posto. Lá ficou na liderança até à volta 19, quando foi às boxes e colocar duros - duas voltas depois de Sergio Perez ter feito o mesmo - para ver se ficava o mais tempo possível na pista.
A meio da prova, Verstappen liderava como queria. Era dos mais rápidos em pista e tinha quase dez segundos de vantagem para Sergio Pérez, Russell estava atrás, a 18 segundos, seguido por Gasly, a 21. Mas ainda faltava meia corrida, e poderia haver mais surpresas...
Na volta 33, Kevin Magnussen ficava parado na pista, o que fazia com que o Virtual Safety Car fosse acionado pela segunda vez na corrida. E isso foi aproveitado para que boa parte do pelotão fosse de novo às boxes para trocar de pneus, a começar pelos Red Bull, seguido pelos Ferrari. Alpha Tauri e o Aston Martin de Sebastian Vettel ficaram na pista.
Pouco depois do VSC acabar, Yuki Tsunoda teve problemas na sua asa traseira, mas foi resolvida com... fita-cola (!) e ele regressou à pista para acabar. Fora dos pontos, é verdade, mas acabou. Quem atacava era Lewis Hamilton, que queria o quarto posto de Pierre Gasly para assim poder compensar a má qualificação e a corrida cinzenta que estava a ter até ali. Ele atacou, e no final da volta 44 - até calhou! - conseguiu o lugar que era do piloto da Alpha Tauri.
Na parte final, com a Red Bull a ordenar a Max para que não usasse o DRS, para não ter problemas com a asa - e também, porque a distancia com Perez estava controlada - ele foi calmamente para o triunfo, a quinta do ano, com uma distância respeitável sobre Sergio Perez, e George Russell a conseguir o seu terceiro pódio da temporada, e a consolidar o seu quarto lugar na geral.
Também no final, Lewis Hamilton foi o quarto, numa parte final de recuperação, mas também ficou a imagem do piloto da Mercedes a sair do carro em dificuldades por causa das costas doridas, cortesia do violento "porpoising" que o seu carro causou nas ruas de Baku - Riccardo também se queixou disso no final. Toto Wolff disse que teme pelo seu piloto em Montreal, mas eu estou convencido que ele recuperará a tempo.
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