Mansell foi um piloto de duas equipas e de duas personagens: Lotus, com Colin Chapman, e Williams, com Frank Williams. O primeiro deu-lhe uma chance de correr na categoria máxima do automobilismo, mas apanhou-o na fase descendente da sua carreira. E pior: quando o seu patrono morreu, no final de 1982, ficou sem rumo e a lidar com alguém que definitivamente, não gostava dele, Peter Warr. Mas quando foi para a Williams, em 1985, tee a sorte de lá chegar quando a Honda finalmente acertou a mão com o seu motor Turbo.
E sempre adorou correr em terras britânicas: o seu primeiro triunfo foi em Brands Hatch, no GP da Europa de 1985, depois ganhou de novo, no GP britânico em 1986, também em Brands Hatch, e no ano seguinte, numa corrida incrível, apanhou Nelson Piquet e regressou ao lugar mais alto do pódio na sua primeira vitória em Silverstone, precisamente cinco anos antes desta cena. E no ano anterior, com mais uma vitória, a cena da boleia a Ayrton Senna no final da prova, que deu em modelos, pinturas desenhos gráficos. Uma daquelas cenas para a história.
E mesmo alguns "quases" foram épicos. O quarto lugar na corrida de 1983, ainda no seu Lotus, e a desistência na corrida de 1990, correndo na Ferrari, depois de uma pole e uma carreira onde ele quis triunfar com o carro que o tinha, e que foi traído pela mecânica. Foi depois dessa corrida que anunciou que iria abandonar a Formula 1, decisão do qual voltou atrás quando Frank Williams lhe deu um lugar para 1991, com os resultados que conhecemos.
Trinta anos depois, Mansell andou por Silverstone como um herói que é. O seu FW14B, o mesmo que guiou na vitória de 1992, foi guiado por Sebastian Vettel, um admirador do "brutânico" e as pessoas deram-lhe um tratamento de "rockstar". E ele, com 68 anos, estava embevecido com a recepção, porque... bem vistas as coisas, ele é daqueles "working class heroes" que os britânicos gostam... apesar de adorar jogar golfe.
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