"Spin and win". Fazer um pião e triunfar. Já aconteceu no automobilismo. E hoje aconteceu mais uma dessas, graças a Max Verstappen, nesta tarde, na Hungria. Partindo de décimo na grelha, aproveitou bem a estratégia delineada por Hannah Schmitz, a engenheira da Red Bull, para aproveitar da melhor maneira a desvantagem que tinha à partida desta corrida.
Provavelmente, Max poderia pensar na vitória como algo difícil. Mas se calhar, um pódio poderia ser uma possibilidade. Mas depois desta corrida, a sua vantagem no campeonato alargou-se para 80 pontos, antes de ir para férias. Isto quer dizer que, se mantiver esta distância - ou até alargá-la - poderá ser bicampeão em Austin, no GP dos Estados Unidos, independentemente do que conseguir na corrida de sprint do GP de Itália.
Verdade: a Ferrari andou esta tarde a dar tiros nos pés, para desespero dos "tiffosi", porque não foi a primeira vez. E se calhar, nem será a última. E muitos que torcem pelos "vermelhos" queriam que isto fosse como no futebol: trocar tudo e todos de quatro em quatro corridas. Não é assim que funciona, estão na modalidade errada. Bem sei que eles estão a desesperar porque lhes disseram que tinham, por fim, um excelente carro e uma dupla de pilotos capaz. Mas depois querem que haja uma hierarquia, dar tudo ao Charles Leclrc e ao Carlos Sainz Jr, os restos, como acontecia nos tempos do Schumacher.
Problema é que isto não funciona dessa maneira.
E chegados às "férias de verão", o mais interessante é que Max tem toda esta distância depois de ter conseguido... 25 pontos após as três primeiras provas do ano. Ainda se lembram disso? E Leclerc tinha 71? Chegamos à conclusão de que ele conseguiu transformar estes 36 pontos de desvantagem em 80 de avanço. Agora imaginem se tivesse ficado na frente do monegasco, ou pontuado nas corridas do Bahrein e da Austrália...
Recuperar de um início destes não é para qualquer um. É para quem tem estofo de campeão. E Max, por muito que os seus "antis" não queiram ver, tem esse estofo.
Agora, o que o regresso das férias acabará por nos trazer? O neerlandês tem uma almofada valiosa do qual irá trazer multidões de gente aos circuitos de Spa e de Zandvoort. Se conseguir triunfar nesses dois, alarga a sua vantagem e se calhar, esperará sentado pelos erros dos outros, se fizerem. E quando acabar as corridas europeias e desembarcarem em Singapura, no início de outubro, é provável que andaremos a contar as corridas até ao "match point" de 2022. E da maneira como as coisas andam, o neerlandês e a Red Bull podem alugar o COTA (Circuit of the Americas), em Austin, para os festejos de campeão.
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