Por uma incrível coincidência, há 40 anos, a Formula 1 corria um Grande Prémio. Estava em Zandvoort, para o GP dos Países Baixos, e uma corrida vencida por Didier Pironi - a sua terceira e última vitória, pouco mais de um mês antes do seu acidente em Hockenheim - e onde Patrick Tambay se estreou como seu companheiro de equipa na Ferrari, substituindo o malogrado Gilles Villeneuve, a prova foi também marcada pelo acidente de René Arnoux, durante a volta 21.
O francês da Renault, que tinha sido o "poleman", perdeu uma roda e o controle do seu carro na curva Tarzan, a primeira - uma coincidência em relação a 2022 - e bateu forte no muro de pneus, que absorveram fortemente o impacto. Mas o chassis rachou, e o francês recebeu uma contusão na perna direita.
Percorreu-se muito para chegarmos onde estamos. Nem todos os chassis eram de fibra de carbono - o da Renault era ainda de alumínio - não havia HANS, mas as células de combustível já eram entre o cockpit e o motor, entre outros. O que me faz pensar que aquilo que evitou Arnoux de ter consequências mais gravosas foi... sorte. Aquela que Gilles Villeneuve e Riccardo Paletti não tiveram em Zolder e Montreal, respetivamente.
E também, o muito que já caminhamos em 40 anos e aquilo que foi feito para salvar pilotos. Para mim, isso não foi no século passado, foi há um milhar de anos.
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