sexta-feira, 8 de julho de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 11, Red Bull Ring (Qualificação para a Sprint Race)


Nesta altura do ano, não há tempo para respirar. Depois do Reino Unido, bastou atravessar o Canal da Mancha para chegamos rapidamente ao centro da Áustria, mais concretamente em Speilberg, o lugar onde está o Red Bull Ring, provavelmente a pista mais rápida do calendário, onde os pilotos demoram 64 segundos, em média, para fazer uma volta completa.   

Este final de semana iria ser diferente, porque calhava num dos fins de semana de "corrida sprint", logo, a primeira qualificação era aqui, nesta sexta-feira, perante uma multidão que vibrava com Max, que contrariando o eventual favoritismo de Charles Leclerc e da Ferrari, dominava a temporada. E ali no Red Bull Ring, eles poderiam dominar.

A qualificação começou no final da tarde, com boa parte dos pilotos em moles, e com a Ferrari a abrir as hostilidades, com Charles Leclerc a fazer 1.06,762. Sainx Jr melhorou, fazendo 1.06,303, mas foi logo apagado porque passou dos limites da pista na curva 10. Pouco depois, os Haas faziam gracinhas, especialmente Mick Schumacher, certamente moralizado pelos pontos da corridas anterior, ao fazer o quarto melhor tempo, com 1.06,503. Mas quase a seguir, Fernando Alonso marcava 1.06,199 e subia no topo da tabela, antes de Sérgio Pérez melhorar, com 1.06,143. E no final, Max superou-o por meros 46 centésimos. Mas como passou dos limites na tal curva... não contou.

Ferrari voltaram a reagir, ficando com os dois melhores tempos - Lelcerc na frente de Sainx Jr - antes do pelotão trocar de pneumáticos e sair para marcar o tempo que lhes permitia passar para a Q2. Isto... se contasse. 

No final, os Ferrari mantiveram os seus carros na frente, enquanto atrás, os Aston Martin de Lance Stroll e Sebastian Vettel, o McLaren de Daniel Ricciardo, o Alfa Romeo de Zhou Guanyou e o Williams de Nicholas Lattifi ficavam pelo caminho. Ainda por cima, o alemão largará em último da grelha porque o seu tempo fora anulado por cauda dos já famosos "limites da pista". 

A Q2 começou com alguns a irem logo para a pista, como a Mercedes, e Lewis Hamilton abriu as hostilidades com um 1.05,538, mais rápido que Max e George Russell. Depois, Leclerc mostrou que era o candidato numero 1 à pole, com 1.05,287, apesar das tentativas dos pilotos da Red Bull de melhorarem. 

No final, Ferrari, Red Bull, Mercedes, Haas e Alpine foram para a Q3, e em contraste, os eliminados foram os Alpha Tauri de Pierre Gasly e Yuki Tsunoda, o McLaren de Lando Norris, o Williams de Alex Albon e o Alfa Romeo de Valtteri Bottas. A grande novidade eram os Haas passaram para a Q3, para felicidade do Gunther Steiner.


E a Q3 começa com a suspeita de que "Checo" saiu dos limites da pista - mas que iriam investigar... depois da qualificação, afinal estamos no Red Bull Ring - mas logo depois, Lewis Hamilton saiu na curva 7 e bateu forte, acabando com a sessão parada. Ele estava bem, mas os torcedores de Max comemoravam a sua batida, numa má manifestação de "fair-play". O décimo lugar da grelha era seu, e amanhã, a recuperação não será fácil.

Por essa altura, Max tinha conseguido marcar tempo na frente das Ferrari, com 1.05,192. Leclerc tinha 1.04,183. 


Passados dois minutos da hora, a sessão retomou... mas não durou muito. George Russell, um dos primeiros a regressar, também bateu contra as barreiras e a bandeira vermelha foi mostrada, por causa do lugar onde estava o carro. Ele estava bem, mas a Mercedes iria ter uma longa noite pela frente para reparar os carros dos seus pilotos. 

Demorou algum tempo até regressar à normalidade e quando isso aconteceu, faltavam dois minutos para o final da qualificação. Duas voltas, uma para entrar, outra para meter um tempo e pouco mais. E as suspeitas se confirmaram. Primeiro Leclerc, que marcou 1.05,014, mas Max arrancou um tempo melhor, com 1.04,984, e ficando com a pole-position, o primeiro tempo na "corrida caseira" - afinal, estamos no Red Bull Ring. 

Para a corrida "sprint", Max tem vantagem, e amanhã, tem andamento para a vitória. Agora, resta saber se conseguirá partir bem ou não. Essa é a grande questão.  

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