E a segunda noticia era que, em pleno julho, o pino do calor, a Formula 1 poderia correr debaixo de temperaturas próximas dos 40 graus, o que faria esta corrida das mais quentes da sua história.
Apesar disto tudo, máquinas e pilotos prepararam-se para mais um fim de semana onde depois de se ter visto o que foi feito nas sessões de treinos livres, parecia que a Ferrari era um pouco mais favorita que o normal. E para apimentar mais as coisas, Carlos Sainz Jr, por causa do seu motor queimado na Áustria, e subsequente mudança de componentes, iria ser penalizado na grelha.
Como seria de esperar, não estava fresco: o asfalto escaldava - 55ºC à hora das máquinas rolarem na pista - e a pista encheu logo para que se marcassem os primeiros tempos. Gasly foi o primeiro a meter tempo, mas Leclerc beio o que interessava, colocando 1.31,727 no cromómetro, 162 centésimos na frente do Red Bull do Max.
Na parte final, Mick Schumacher marcou um tempo que o colocaria na Q2, mas os comissários viram que ele tinha pisado os limites e apagaram o registo, colocando-o no lado dos eliminados para a segunda parte da qualificação, o que aborreceu a Haas, que já tinha de aturar a penalização de KMagnussen, por ter trocado de componentes no seu carro e iria parir da última fila da grelha. Nos instantes finais, houve "frisson" quando o Williams de Alex Albon fez um pião, mas continuou.
No final da Q1 ficaram de fora o Aston Martin de Lance Stroll, os Williams de Nicholas Latiffi, o Alfa Romeo de Zhou, o Haas de Mick Schumacher e o Alpha Tauri de Pierre Gasly. Mas como provavelmente KMag e Sainz Jr poderão partir da última fila amanhã, toda esta gente ganhará dois lugares na grelha.
A Q2 iniciou-se pouco depois, com Charles Leclerc a mandar, marcando 1.32,587, antes de Checo Perez ter marcado 1.32,120. E logo a seguir, Max marcou 1.31,990, ambos com moles novos. Norris era quarto, com 1.32,777, antes de Sainz Jr conseguir uma volta-canhão no seu Ferrari, com 1.31,081. Pouco depois, nas voltas finais da Q2, Leclerc seguiu-o, 135 centésimos mais lento.
Entre os eliminados, ficaram o McLaren de Ricciardo, o Alfa de Bottas, o Aston Martin de Vettel e o Williams de Albon. E nos que tinham passado para a Q3, a grande surpresa era a passagem do Alpha Tauri de Yuki Tsunoda e o Haas de KMag, apesar de toda a gente saber que largará da última fila, como o espanhol da Ferrari.
Leclerc marcou o seu primeiro tempo, com 1.31,209, 8 milésimos mais rápido que Max, com Checo em terceiro a 431 milésimos. E ambos deixavam os Mercedes de Russell e Hamilton a... 1,4 segundos. Definitivamente, estavam noutra galáxia. Contudo, se achavam que esta foi a ocasião onde eles marcaram os seus melhores tempos... enganem-se, porque depois, na fase final, eles foram melhorados, quando Leclerc obteve 1.30,872, enquanto Norris, que conseguiu colocar o seu McLaren entre os carros da Mercedes. Assim, a pole ficou para Leclerc, com Max e Checo logo atrás, porque, como se sabe, Sainz Jr amanhã largará do fundo.
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