domingo, 31 de julho de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 13, Hungaroring (Corrida)


Domingo em Budapeste parecia ser um de potenciais emoções. Com os Mercedes na frente, parecia que as coisas poderiam ser mais equilibradas, ou se quiserem, naquela que iria ser a última corrida antes das férias. A Red Bull andou a noite toda a ver se os seus carros estavam em forma e tentarem uma corrida de recuperação, porque, da maneira como tinham corrido as coisas, chegar ao pódio seria uma vitória. É nestas alturas em que ter uma boa vantagem vale a pena.  

Contudo, à medida que a hora da corrida se aproximava, o tempo começava a ficar ameaçador. Mas muitos acreditavam as chances de chuva, embora serem altas, não aconteceria no tempo da corrida. E o vento ajudava nesse campo.


Mas foi ainda com a pista em seco que aconteceu a volta de apresentação e a partida. Aliás, todos alinhavam com slicks. Gasly iria alinhar nas boxes. Na partida, Russel saiu bem, enquanto os Ferrari tentavam superá-lo. Hamilton subia para quinto, enquanto os Red Bull tentavam passar para a frente. Mas logo depois, entrou o Virtual Safety Car, porque Albon e Stroll bateram e deixaram destroços na pista.

Na volta 3, limpa a pista, a corrida voltou ao seu ritmo normal com Russell ainda na frente. Ocon estava na frente de Alonso na Alpine, mas o veterano espanhol agora tinha de aguentar os ataques de Max. Pouco depois, o neerlandês livrou-se de ambos e agora era sexto, atrás de Hamilton. Na rádio, KMag, décimo, recebia a mensagem que a pista estaria seca para a próxima meia hora.

Nas voltas seguintes, Russell continuava no comando, com os Ferrari seguindo-o como uma sombra. Na volta 18, o piloto da Mercedes entrou nas boxes para trocar para médios, deixando a liderança para Leclerc. A seguir, veio Sainz Jr. que saiu para a pista atrás de Russell e Ocon, com Leclrc ainda na frente. quase todos tinham calçado médios. E na volta 21, Leclerc foi às boxes, deixando a liderança para Russell. O monegasco regressou para a pista na frente de Sainz Jr, como muitos dos ferraristas acham que deveria acontecer sempre: uma hierarquia desde o dia um.


Pouco depois, Leclerc ficou perto o suficiente de Russell para que tentasse passar com o DRS ligado. Contudo, na primeira ocasião, o britânico defendeu-se muito bem e a liderança continuou nas mãos do piloto da Mercedes. Mas na volta 31, nova tentativa do monegasco deu certo e ele ficou com o comando da prova. 

Contudo, enquanto isto acontecia, Max queixava-se do tempo: "está a escorregar cada vez mais", queixava-se na rádio. E pouco depois, na volta 35, depois de ter ido para as boxes, Yuki Tsunoda fez um pião e caiu para o fundo do pelotão. Bandeira amarela na zona, mas a corrida continuou. 


Enquanto não se sabia bem se iria chover mais ou não, Max decidiu colocar duros no seu carro para ir até ao fim, e logo a seguir, boa parte do pelotão foi às boxes colocar duros. Irónicamente, e de forma mais lenta, a pista estava cada vez mais escorregadia. Mas isso não incomodava Verstappen, que passou primeiro Russell, depois Leclerc. Querem ver que o neerlandês iria ser o vencedor desta corrida? Se sim, não iria ser com piões. Quando passou por cima do corretor, e o carro escapou de traseira para um 360º, vendo, entretanto, passar o Ferrari de Leclerc, teve sorte que o carro continuasse a funcionar nesse momento aflitivo.

Entretanto, as pessoas olhavam para os céus para saber se ainda iria entrar em ação a tempo de influenciar a corrida. Até lá, a estratégia era de tentar ser mais esperto uns contra os outros. E quando os Ferrari começaram a chamar os seus carros, as suas escolhas eram, no mínimo, duvidosas. Os pneus duros não aqueciam da forma mais rápida, e com isso, os seus carros eram ultrapassados pelos Mercedes para ficarem atrás de Verstappen, que liderava. Quem diria! 

A parte final foi assinalado por um problema da parte de Valtteri Bottas, que ficou sem potência no seu Alfa Romeo. Safety Car Virtual, insuficiente para desfazer os erros dos outros e o neerlandês arrancou para a meta, perante o júbilo dos energéticos, naquela que provavelmente foi a vitória mais inesperada da temporada, até então. 

E claro, atrás dele, os Mercedes, que pela segunda corrida consecutiva, colocavam os seus pilotos no pódio. Hamilton na frente de Russell. E Leclerc acabava em sexto, passado até por Sergio Perez. 


No final da cerimónia do pódio, faziam-se as contas. Agora, Max tem 80 pontos de vantagem sobre a Ferrari, no início das férias de verão. Não só era o último a rir em relação aos erros nas estratégias de Maranello sobre Leclerc e Sainz Jr, como estava tão confortável que poderia marcar a festa para Austin, o lugar mais provável onde fazer a festa do bicampeonato. Com sorte e os azares dos outros, o neerlandês podia bem, e ele sabe perfeitamente.

Agora, é descansar, porque nas duas corridas seguintes, os autódromos estarão todos pintados de laranja.

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