"No stop [um troço antes do Power Stage] vi óleo da direção assistida e um aviso de pressão de água, nessa altura uma pessoa pensa: 'é, há alguma coisa de errado mesmo.' Naquele momento não sabes se pode reparar."
"Foi uma coisa louca! No dia anterior não estava preparado para conduzir sem pára-brisas porque as condições eram mais duras. Imagina aquela pedra que nos bateu a vir contra a minha cara... Não estaria aqui para contar a história!"
"Foi arriscado, mas este troço estava em bom estado por isso assumi o risco. Na verdade, tínhamos teto antes do troço, mas saltou fora na primeira aceleração. Quando meti quinta [velocidade] havia um barulho horrível, e então o resto do teto voou levando todas as antenas e os rádios. Depois havia um fluxo de ar dentro do carro e o Jann [Fern, o navegador] teve de se calar porque o ruído era enorme."
Este é o relato na primeira pessoa de como Esapekka Lappi, o finlandês da Toyota, conseguiu superar um capotamento para no final conseguir um terceiro lugar no seu rali natal a bordo de um Toyota Yaris WRC, que é neste momento "a" máquina a bater no mundo do WRC, porque é nele de Kalle Rovanpera lidera o campeonato a seu bel-prazer, triunfando em cinco dos oito ralis já realizados em 2022.
A visão de Lappi e do seu navegador é aquela que nos lembra o que são os ralis: duros, do qual um erro acabas na vala. Mas de gente que não desiste, que só larga se o carro não colaborar. E na Finlândia, uma das pátrias dos ralis, eles não queriam desistir para não desiludir não só os fãs, mas também os familiares que certamente torcem quer pelo piloto, quer pelo navegador.
E pelo meio, dão espetáculo. E umas fotografias invulgares. Ali, pelo menos, mostra determinação.
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