Não teve uma carreira longa: Hesketh, McLaren e Wolf. Mostrou que podia estar entre os da frente quando teve carro. Seu pódio na sua terceira corrida da carreira, em Zandvoort, em 1973, mostrou isso. Aliás, como estamos em semana de GP dos Países Baixos, poderemos falar das suas aventuras em terras neerlandesas: três pódios, duas vitórias e algumas histórias pelo meio.
Terceiro em 73, na proba marcada pelo acidente mortal de Roger Williamson, em 1974, com o carro a ser mais o Hesketh que acabamos por conhecer, o britânico alinhava em sexto na grelha, mas a sua corrida acabou cedo, na curva Tarzan, batendo no Shadow de Tom Pryce. O galês ficou por ali, enquanto o britânico resistiu mais volta e meia até chegar ao ponto de que o carro não daria para mais.
Nos dois anos seguintes, tudo correu bem: triunfou com o Hesketh, depois de uma batalha com Niki Lauda, e no ano seguinte, enquanto o austríaco estava no hospital, triunfou no duelo com Clay Regazzoni para ganhar pela segunda vez consecutiva.
Em 1977, o campeonato já tinha uma mão e meia nas mãos de Lauda, de regresso, bem mais pragmático e calculista que antes. Com o carro a aguentar mais que a concorrência, Hunt rinha de fazer algo para manter a disputa do título, e conseguiu marcar o terceiro melhor tempo, atrás apenas de Mário Andretti e Jacques Laffite. Lauda estava a seu lado.
Na partida, Hunt foi para a frente, e Andretti foi à caça, com Laffite e Lauda atrás. O italo-americano tentou recuperar o lugar, mas o britânico defendeu-se de modo agressivo, fazendo-o perder lugares. Andretti não ficou sossegado e foi novamente à caça, passando o piloto da Ligier e na volta sete, já estava de novo em cina do piloto da McLaren quando tentou a sua sorte no final da reta da meta. Ambos ficaram lado a lado, Hunt tentou de novo a defesa agressiva... e não resultou. Tocaram ambos nos pneus, e o piloto da McLaren retirou-se de imediato, com danos no seu carro. Andretti prosseguiu até que o seu motor explodiu na volta 14.
E claro, no meio disto tudo, Lauda bateu Laffite e acabou como vencedor. E pouco depois, campeão.
Em 1978, Hunt continuava na McLaren, mas nesse ano, o seu carro era atropelado pelos Lotus 79 de outro mundo. Hunt, apesar de um sétimo posto na qualificação, ficou a uma volta dos vencedores e no décimo posto, fora dos pontos. Já era a decadência do piloto e do carro, que nem mesmo a transferência para a Wolf, em 1979, conseguiu impedir.
Hunt apenas andou por estas bandas por 45 anos, tempo suficiente para marcar uma impressão em toda uma geração. A BBC, com os seus comentários nos Grandes Prémios, ao lado de Murray Walker, e Hollywood, também ajudaram mais um bocadinho.
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