E por fim, chegamos à casa dos neerlandeses. E mesmo ao longe, entendemos que ali já não cabe mais um alfinete. Porque todos querem assistir, ao vivo e a cores, aos feitos de Max Verstappen, o atual campeão e o candidato número um à sua renovação. E com a liderança destacada, eles esperam que nestes dias, isto seja uma verdadeira festa da parte deles e que seja um passeio no parque para o seu menino-prodígio, naquela pista à beira-mas plantada: a clássica Zandvoort.
Sem chances de chuva, os locais pareciam felizes e decidirem fazer uma festa antecipada. Da vitória, de título, do bicampeonato... não queriam saber. Umas Heinekens, a camisola da seleção e a cantarem "Max, Max, Max, Super Max" até que as gargantas doessem, e tinham o fim de semana feito. O resto não interessava, e se calhar para alguns deles, era mais uma etapa na peregrinação que os levou para o Red Bull Ring e na semana anterior, a Spa-Francochamps. Zandvoort era mais uma etapa, a caseira.
Quando Max começou a marcar tempos, foi para destruir: primeiro que os Ferraris, destruiu o melhor tempo de então, que pertencia a Daniel Ricciardo, marcando 1.11,317, 1,173 mais rápido que o piloto da McLaren. Russell depois ficou com o segundo posto, mas 204 centésimos mais lento que o piloto da Red Bull.
Na parte final da Q1, quem surpreendeu tudo e todos foi Yuki Tsunoda, que conseguiu fazer o segundo melhor tempo, superando boa parte da concorrência. A pista estava a melhorar, era um facto. E quando o tempo acabou e a poeira assentou, viram-se as vítimas: o Alfa-Sauber de Bottas, o Williams de Latifi, o Astaon Martin de Bettel - despistou-se quando marcava uma volta rápida - o McLaren de Ricciardo e o Haas de KMag, Kevin Magnussen.
Chegados à Q2, o primeiro a ir para a pista foi Alex Albon, mas não fez nada: os comissários mandaram uma bandeira vermelha na qualificação porque existiam foguetes laranjas no asfalto. Alguém os tinha mandado para lá - sem querer ou de propósito - e isso perturbou a sessão. O excesso de espectadores e a falta de comportamento destes, por vezes, dá nisto...
Mas depois de regressar a bandeira verde, quase 10 minutos depois, os pilotos foram para a pista com ideias de marcar tempos o mais rapidamente possível. E quando Max entrou na pista, o público foi ao delírio. E claro, o incentivo das bancadas compensou: 1.10,927. Pérez ficou a quatro décimos. Hamilton depois conseguiu o segundo melhor tempo, com 1.11,075. Depois ficaram Russell e as duas Ferrari.
Na parte final, Sainz Jr conseguiu 1.10,814, com Russell a ficar logo atrás, na segunda posição. Leclerc melhorou, mas não ficou na frente de Max, que era terceiro em termos provisórios. Hamilton ficou com o quinto tempo, enquanto atrás, os que não conseguiram entrar para a Q3 foram os Alpine de Alonso e Ocon, o segundo Sauber-Alfa de Guanyou Zhou, e o Williams de Alex Albon. A Pierre Gasly, o piloto da Alfa Tauri ficou com o 11º tempo e saiu-lhe a fava.
E agora, a Q3.
Assim que a bandeira verde foi agitada, os Red Bull foram logo para a pista no sentido de marcar tempos, e sobretudo, uma posição. Primeiro, Max marcou 1.10,515, com Pérez logo atrás, mas Leclerc conseguiu 1.10,456, com Hamilton a ser terceiro, seguido por Sainz Jr. Pérez caiu para sexto. Stroll tinha problemas e provavelmente, o décimo tempo era dele, atrás de Mick Schumacher.
E na hora das decisões, os primeiros a sairem foram os Ferrari. Primeiro Leclerc, depois o espanhol, marcaram tempos. Contudo, a seguir apareceu Max a conseguiu 1.10,363 e ficou com o melhor tempo. Apesar das tentativas dos Mercedes, por exemplo, o piloto da casa conseguiu o que queria: sair dali com a pole-position, para delírio dos locais.
No final do dia, todos saiam felizes por saber que metade do seu sonho estava realizado. Agora, o que querem é que amanhã, depois das luxes se apagarem, ele se bá embora e só vejam depois da bandeira de xadrez.
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