E num fim de semana especial, conseguiram fazer um belo espetáculo, especialmente os Freccere Tricolore, a esquadrilha de acrobacia da Força Aérea Italiana. Até o presidente da República, Sergio Matarella, esteve por lá a ver as máquinas no seu habitar natural.
Com a quantidade de penalizações que já vinham de trás, tudo indicava que isto poderia ser um passeio para Charles Leclerc e a sua Ferrari. E provavelmente, das poucas chances para quebrar o domínio de Max Verstappen e a sua Red Bull. Mas ele era "apenas" sétimo, e num circuito rápido como este, se calhar nem demoraria muito tempo para chegar ao segundo posto e assediá-lo ao longo da corrida.
O dia está ameno e as nuvens afastadas do lugar. Um típico tempo de Setembro. O autódromo cheio de "tiffosis" com uma só ideia: ver um dos seus carros no lugar mais alto do pódio e ouvir no final o "Inno di Mammeli", o hino nacional de Itália.
Na oitava volta, Sérgio Pérez ia para as boxes para trocar para duros, e foi o primeiro a fazê-lo. Duas voltas depois, a primeira desistência, quando Sebastian Vettel encostava o seu Aston Martin de forma definitiva, fazendo uma despedida melancólica do lugar onde alcançou a sua primeira vitória na Formula 1.
Pela metade da corrida, as boxes estavam agitadas, alguns colocando pneus médios, outros duros, mas são os que colocaram os compósitos de cor amarela que estavam na frente, pelo menos no curto prazo. Na frente, Max Verstappen controlava as coisas, mas Charles aproximava-se, porque tinha compostos mais novos. Sainz Jr já era terceiro e Hamilton sexto.
Por alturas da volta 34, Fernando Alonso encostava às boxes e parava definitivamente. Era a segunda desistência da corrida. Ao mesmo tempo, Leclerc parava uma segunda ocasião nas boxes para arriscar a tentar apanhar o neerlandês da Red Bull com moles. No regresso, começou a fazer a sua parte, mas muitos tinham ceticismo nesta parte porque o ritmo de corrida do monegasco não era superior ao do neerlandês. Nem em Monza, nem noutros lados. Atrás, Hamilton conseguiu passar Norris e Gasly na primeira chicane... numa ultrapassagem dupla!
A 10 voltas do fim, mais um piloto parava para colocar moles e ganhar ritmo. Era o Red Bull de Sérgio Pérez. Caía para sétimo e regressou à pista para tentar recuperar ritmo e lugares.
A parte final foi mais agitada. A seis voltas do fim, Daniel Ricciardo desiste e estaciona o carro num lugar perigoso, entre as Lesmos. Suficiente para um Safety Car, onde todos se agruparam. Mas... o carro da McLaren está numa posição perigosa e não haveria tempo para o tirar com os carros a circular. E claro, o público não gostou. Afinal de contas, querem emoção.
E quem também chegou aos pontos foi Nyck de Vries, que logo na sua primeira entrada na Formula 1, conseguia um digno nono posto com o seu Williams, bem melhor que Nicholas Latifi. Com a invasão da pista por parte dos tiffosi - que assobiaram Max - de uma certa forma, foi uma tarde normal numa das catedrais do automobilismo.
Agora, duas semanas de descanso e arrumar as malas, porque agora, a Formula 1 só regressa à Europa na primavera.
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