Mas antes da qualificação, a grande polémica tinha a ver com o facto da Red Bull ter ultrapassado o orçamento para esta temporada. A concorrência queria uma punição exemplar, mas a Red Bull respondeu afirmando não ter feito nada de ilegal. Ora, Mercedes e Ferrari não acharam piada alguma porque queriam que a equipa energética tivesse uma daquelas bolas que eram amarradas dos tornozelos dos presos para que fossem mais lentos. E agora, com este exemplo, eles irão ser capazes de fazer como eles no futuro, e alegarão as razões semelhantes da Red Bull.
Sol posto e sem chuva à vista, havia um problema: a pista ainda estava suficientemente molhada, logo, os pilotos iriam ter de colocar intermédios para poder andar a marcar os seus tempos.
E foi assim na Q1. Os Mercedes foram os primeiros dos da frente a ir para a pista, antes de Leclerc passar para o topo da tabela de tempos. Mas foi por pouco tempo, pois Max Verstappen tratou de se colocar no primeiro lugar da tabela, à frente de Lewis Hamilton e Leclerc. A pista evoluiu - pouco - à medida que os minutos passavam, logo, não podiam legar os intermédios. Mas foi o temo onde se biu Max e Leclerc se revezarem na tabela de tempos, acabando com Verstappen acabou mesmo a ser o mais rápido, com 1.53,057, tirando 104 centésimos ao tempo de Hamilton, o segundo. E se uns comemoram, os eliminados lamentabam. Especialmente o Alfa Romeo de Valtteri Bottas, que fora eliminado por uma volta tardia de Mick Schumacher, o McLaren de Daniel Ricciardo, arrastando-se num final de temporada melancólica, o Alpine de Esteban Ocon e os Williams de Alex Albon e Nicholas Latifi.
Chegados ao Q2, o estado da pista não se alterava, porque não se conseguir secar a pista à velocidade que queriam, logo, tudo de intermédios, de novo.
Leclerc foi o primeiro a meter o carro na pista e a marcar tempos, seguido por Hamilton, com Lando Norris ali por perto. Mas pouco depois, Verstappen colocou-se na segunda posição, seguido de Sergio Pérez, numa altura em que alguns começaram a atrever-se e a colocar pneus para seco, como os Aston Martin de Stroll e Vettel. Sem grande sucesso, de imediato.
No final, Leclerc, Hamilton, Verstappen, Pérez, Alonso, Carlos Sainz Jr, os Alpha Tauri de Pierre Gasly e Yuki Tsunoda, Lando Norris e o Haas de Kevin Magnussen disputariam a última fase da classificação. Entre os que iriam ver o resto da qualificação das boxes, o mais surpreendente era Geirge Russell, no segundo Mercedes. Ora bolas!
Na fase final da qualificação, os pilotos apostaram por fim nos slicks macios. O primeiro a fazer tempos a sério foi Hamilton, com 1.51,019, enquanto Max a ser segundo, mas a 1,2 segundos. O piloto da Mercedes melhorou o seu tempo, e com a pista a secar, os tempos iriam cair, inevitavelmente. Hamilton acabou com 1.49,466, mas depois de Leclerc ter marcado 1.49,412 e ficado com o melhor tempo. Pérez foi até 1.49,434, e muitos esperavam que Verstappen andasse ali por perto quando... foi às boxes?
“Eu não entendo”, falou Max no rádio, quando ouviu a ordem. Christian Horner, chefe da Red Bull, respondeu que explicaria na garagem. Lá, disse que não tinha a gasolina suficiente para o escrutinio dos comissários. E por causa disso, só ficou com o oitavo tempo, ou seja... quarta linha. Com um dos seus adversários na pole.
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