domingo, 30 de outubro de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 20, Cidade do México (Corrida)


Correr no México - ou se quiserem, abaixo do Rio Grande - é algo completamente diferente. Pelo menos era assim até há alguns anos - o Drive to Survive modificou tudo, até os americanos são entusiastas! - quando chegavam à antiga Tenochitlan, a capital dos aztecas, eram acolhidas por uma multidão entusiasta. Especialmente, com alguém como Sérgio Pérez, o piloto local, que corre a equipa campeã do mundo... mas não era um Hector Rebaque, como há 40 anos, era o escudeiro de Nelson Piquet, nos tempos da Brabham. 

Aliás, Checo é muito melhor que Rebaque, tem de se dizer por aqui. Neste ano, com os títulos ganhos, o novo objetivo da Red Bull é o de levá-lo para o vice-campeonato. Agora, não se sabe se, para isso, Max deixaria Sérgio Pérez ganhar por aqui. 

Autódromo cheio, entusiasmo enorme - ainda por cima na véspera do Dia de los Muertos, o Haloween mexicano - e não havia nuvens no céu, e o dia começa com polémica porque a Red Bull decidiu boicotar a Sky Sports britânica porque um dos seus repórteres, Ted Kravitz, afirmou que o título de 2021 tinha sido "roubado" a Lewis Hamilton. Caldo entornado... mas não muito surpreendente, porque a televisão britânica nunca escondeu a sua preferência pelos seus pilotos. E claro, nunca aceitaram a derrota.

Os Red Bull e os Ferrari andaram com moles, contra os médios de muita gente. E se aqueles que andam com os "vermelhos", correm o risco de pararem muito mais cedo que a concorrência. 


O entusiasmo subiu no momento da partida, quando Max manteve a liderança, aguentando as pressões dos Mercedes, com Hamilton a sair melhor que Russell. Pérez passou um dos Mercedes, o de Russell, e ficava com o terceiro posto. Os Ferrari ficavam atrás deles, com Sainz Jr. na frente de Leclerc. Alonso era sétimo, na frente de Bottas, e o Alpine parecia consistentemente mais longe dos seis primeiros, mostrando a potência dos primeiros em relação ao meio do pelotão. 

As primeiras voltas não tiveram novidades, agora esperavam pela ida às boxes para ver alguma alteração. Apenas a partir da volta 25, quando Checo Pérez foi o primeiro dos a frente para trocar para médios, é que começou a dança dos carros nas boxes. Os pilotos com moles meteram médios e tentaram ver se ficariam até ao final da corrida com o mesmo jogo de pneus. Max parou na volta seguinte, também com médios a saiu sem perder muito tempo. Quando regressou para a pista, Checo estava colado na traseira de Leclerc para o passar e ser quinto. Quando o conseguiu, no final da reta da meta, o autódromo foi ao delírio. Leclerc foi às boxes na volta 28, também para colocar médios.


Os Mercedes ficaram na frente, e eles queriam ficar o mais tempo possível, apesar dos Red Bull ganharem meio segundo por volta. O neerlandês subiu posições quando Sainz Jr e Hamilton foram às boxes, com o britânico a colocar... duros (é até ao final!). Já Russell parou na volta 35, também para meter duros. Pouco mais de metade da corrida, e Pérez, que tinha médios, parecia estar a aproximar-se da traseira de Hamilton, com duros e a esperar que faça apenas uma paragem na corrida. 

As pessoas esperavam por uma degradação dos pneus, mas o asfalto é pouco abrasivo e eles prolongavam-se ainda mais que o normal... e a "fiesta" era mais... "siesta". 


Na volta 52, um incidente de nota foi a ultrapassagem de Daniel Ricciardo ter tentado passar Yuki Tsunoda, acabando com ambos colidindo um com o outro. O japonês foi para as boxes, mas os danos eram demasiado grandes e ele acabou por ser a primeira desistência da corrida. E o australiano, por ter causado a colisão, era penalizado em 10 segundos. 

Mas a seguir, o australiano parece que "energizou-se". Ele passou ambos os Alpines, começou a andar mais rapidamente e já era sétimo na volta 55. Pouco depois, Alonso parou na escapatória, por causa de problemas no seu Alpine, e o Safety Car Virtual foi acionado. Por pouco tempo.

No final, Max cortou a meta e bateu os recordes que tinham de ser batidos. Hamilton ficou na frente de Pérez - a durabilidade compensou - e Russell era quarto, muito distante dos Ferrari. E ficamos todos felizes, porque a corrida... acabou. Ufa! A parte chata é que os mexicanos não merecem isto.  


Agora não se pode perder tempo, porque São Paulo é a seguir. No próximo domingo, para ser mais correto. 

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