terça-feira, 29 de novembro de 2022

Noticias: Binotto sai da Ferrari


Fim das especulações das últimas semanas: Mattia Binotto saiu da Ferrari. O agora antigo diretor desportivo da Scuderia demitiu-se da equipa de Maranello depois de 28 anos de bons serviços, primeiro como engenheiro, depois como dirigente, primeiro do lado técnico, e depois como diretor geral, cargo que ocupava desde janeiro de 2019, substituindo Maurizio Arrivabene

Com o pesar que isto implica, decidi concluir a minha colaboração com a Ferrari. Deixo uma empresa que amo, da qual faço parte há 28 anos, com a serenidade que advém da convicção de ter feito todos os esforços para atingir os objetivos estabelecidos. Deixo uma equipa unida e em crescimento. Uma equipa forte, pronta, estou certo, para atingir os objetivos mais elevados, para os quais desejo tudo de bom para o futuro. Penso que é correto dar este passo neste momento tão difícil como esta decisão tem sido para mim. Gostaria de agradecer a todas as pessoas da Gestione Sportiva que partilharam comigo esta jornada, feita de dificuldades, mas também de grande satisfação”, disse Binotto, no comunicado oficial da equipa.

Gostaria de agradecer a Mattia pelas suas muitas e grandes contribuições ao longo de 28 anos com a Ferrari e particularmente por conduzir a equipa de volta a uma posição de competitividade durante este último ano. Como resultado, estamos numa posição forte para renovar o nosso desafio, sobretudo para os nossos fantásticos fãs em todo o mundo, de ganhar o derradeiro prémio no desporto automóvel. Todos aqui na Scuderia e na comunidade Ferrari em geral desejam a Mattia o melhor para o futuro” disse o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna.

Binotto chegou à Ferrari em 1995, como engenheiro estagiário, indicado para a equipa de testes, passando para a principal em 1997, durante o período feliz da Scuderia, onde ganhou os títulos de pilotos e Construtores, com gente como Ross Brawn, Rory Bryne e Jean Todt na estrutura, e pilotos como Michael Schumacher, Eddie Irvine e Rubens Barrichello como pilotos.

Em 2007, tornou-se responsável pelas operações da Unidade motriz, e sete anos mais tarde, em 2016, foi nomeado Diretor Técnico-Chefe da Scuderia.

No seu tempo em que foi o diretor de equipa, a Scuderia passou por dificuldades devido aos problemas que teve com a FIA por causa das suas unidades de potência, que foram resolvidas num acordo secreto que aconteceu de forma extra-judicial, e que resultou num decréscimo de potência em 2020 e 2021. Contudo, com a apresentação do novo carro para a temporada de 2022, existiam legitimas esperanças de que a Ferrari poderia sair beneficiada e os resultados do início da temporada pareciam apontar que eles poderiam ir no bom caminho. Contudo, a Red Bull ultrapassou as suas dificuldades com alguma facilidade e no final da temporada, a Ferrari ficou num distante segundo lugar quer no campeonato de pilotos, quer no de Construtores, deixando de ser uma ameaça aos Red Bull. 

O novo diretor da equipa será anunciado até ao final deste ano, embora se fale nos bastidores de que Frederic Vasseur poderá ser o favorito ao lugar.

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