E a receita fiscal direta para o Estado foi superior a 18 milhões de euros, que o estudo afirma ser um “evento inigualável” no território nacional.
De acordo com o mesmo relatório, "A despesa direta gerada no rali, formada pelos gastos conjuntos de adeptos (residentes e visitantes), equipas e organização, ascendeu a 76 milhões de euros, mais 3,6 % do que em 2019. Deste valor, mais de 78 % (59,9 milhões de euros) foi gerado por adeptos não residentes, o que ilustra os fluxos turísticos de espectadores portugueses e estrangeiros originados pelo evento. Com efeitos na Balança Turística, mais de metade (54,4 %) da despesa direta teve origem em adeptos ou equipas não residentes em Portugal, cujos gastos em território nacional promovem receitas por incoming que, segundo o estudo, asseguram a realização de exportações no valor absoluto de 39.552.876 euros".
Cerca de um milhão de pessoas assistiu ao vivo, 273 mil dos quais viram do estrangeiro. E nesses, a média de estadia foi de três noites, e desses 86 por cento revelou ter vontade de regressar. Um indicador que, segundo o estudo da Universidade do Algarve, “deve ser tomado como exemplo no âmbito da promoção e animação em turismo em benefício das economias, populações e empresas”, relatou.
O relatório também esmiúça, em termos financeiros, que os valores económicos da projeção do evento e de Portugal através dos media, "a qual estima o valor monetário das notícias (AVE) difundidas pelos media nacionais e internacionais, totalizou 77.714.339 euros (quase 78 milhões de euros), entre canais de televisão, meios digitais, imprensa e rádio. O tempo total de transmissões televisivas da prova cresceu 18,7% face ao ano passado, colocando o Vodafone Rally de Portugal como um dos três eventos com maior cobertura televisiva do Campeonato do Mundo FIA (WRC)."
“Tal permite concluir que, no conjunto dos impactos, o WRC Vodafone Rally de Portugal 2022 não só retoma como faz crescer as dinâmicas económicas existentes nas edições pré-pandemia COVID-19. Esta perspetiva agregada do contributo do WRC Vodafone Rally de Portugal para a economia do turismo nacional é de todo assinalável e acredita-se que inigualável por nenhum outro evento desportivo e/ou turístico regularmente organizado em território nacional”, conclui o estudo.
Desde o regresso do rali ao calendário do WRC, em 2007, o Vodafone Rally de Portugal já registou um retorno económico acumulado de 1.563,9 milhões de euros, numa perspetiva agregada. Em suma, todos ganham com esta competição nas nossas estradas.
Tudo indica que o Rali de Portugal de 2023 poderá ser entre os dias 11 e 14 de maio, de acordo com as últimas noticias sobre o calendário.
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