E tudo começou com a oferta saudita dos 20 mil milhões.
A panela de pressão entre ambas as partes explodiu hoje através de um comunicado onde a Liberty Media afirmou duas coisas: a primeira, que a Formula 1 não está à venda, e em segundo lugar, a FIA não tem nada a ver com o lado comercial, e as suas declarações que o balor dado pelos sauditas era "inflacionado", significam uma interferência no compromisso assumido pela FIA de não prejudicar a propriedade, gestão e exploração dos direitos comerciais da Formula 1. E que ela, Liberty Media, obtém o direito exclusivo de explorar esses direitos sob um contrato de cem anos, assinado em 2003 entre Bernie Ecclestone e Max Mosley.
Ainda por cima, tudo isto aconteceu com o presidente da FIA ter dito algumas coisas através do Twitter. Contudo, a BBC, através do seu jornalista, Andrew Benson, cita algumas fontes da Liberty que existiu pouca seriedade na oferta feita pelo fundo saudita, tendo sido mais uma sondagem do que uma oferta real, com garantias bancárias. Ou seja, dá uma certa razão nas declarações do próprio Ben Sulayem, quando afirmou que a oferta era muito inflacionada.
Mas a esta altura, com estas declarações do presidente da FIA, parece que as duas partes podem estar a caminhar para a rutura. Só não sei se será algo mais grave que a guerra FISA-FOCA de 1980-82, porque agora ambas as partes tem a propriedade de coisas. Uma, do automobilismo, e a outra, da Formula 1.
Resta saber as cenas dos próximos capítulos de algo que poderá ser escaldante.
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