quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

A imagem do dia


Já ando a escrever isto há uns bons dias, mas só agora é que apareceu a oportunidade. E é uma história que merece ser contada porque faz agora 55 anos. É a história de como a Lotus conseguiu um grande negócio para as suas equipas de automobilismo.

Quando no final de 1967, a CSI - antecessora da FIA - decidiu que as equipas de Formula 1 não eram mais identificadas pelas suas cores nacionais, Colin Chapman reparou ali numa chance real de arranjar mais dinheiro para a sua equipa. Telefonou para a sede da Imperial Tobacco, em Londres, e perguntou se não queria colocar o seu produto nos flancos dos seus carros. Não seria a primeira ocasião em que carros ficaram com patrocinadores - a Team Gunston tinha feito isso na África do Sul - mas ali, Chapman poderia conseguir um excelente acordo.

No final, o acordo foi para as suas equipas de Formula 1, Formula 2 e Formula 3. A Imperial Tobacco deu 110 mil libras - parece pouco, mas nesse tempo, um motor Cosworth custava cerca de cinco mil, e um Mini 1000 cerca de 450 libras - e quando os carros começam a ser desenhados com as novas cores, estão todos na Oceania para a Tasman Series. Nessa altura, Clark está a caminho do seu terceiro título nesta competição, e o Lotus 49 com as novas cores causa sensação.

Parecia que Champan, mais uma ocasião, tinha tudo para ganhar e abrir mais uma era de domínio, com o seu piloto a bordo. Mas a 7 de abril, enquanto ele estava em Klosters, na Suíça, a esquiar, Jim Clark e Graham Hill estavam em Hockenheim para uma corrida de Formula 2, o destino interfere de forma irremediável. 

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