A história que irei falar tem dois meses, mas só tomei conhecimento dela esta semana. A ideia de carros completamente autónomos é algo que descolou há coisa de 20 anos, com o avanço da eletrónica, dos componentes de silício, e tecnologias como o LIDAR, que permitem varrer o terreno à sua frente para assinalar obstáculos dos quais os carros podem contornar sem problemas. E com o tempo e as competições entre universidades, ajudando a experimentar essa tecnologia, esta avança, alcançando recordes.
Foi o que fez o Politecnico de Milano, que no passado dia 8 de janeiro, estabeleceu um recorde de velocidade num veículo autónomo: 290 km/hora, na oval de Las Vegas. O evento fez parte do CES, Consumer Electronics Show, na mesma cidade americana, e foi no final de uma competição com mais nove equipas, representando 17 universidades de seis países.
“Hoje foi um grande passo à frente em temos de velocidade, complexidade da corrida e superação de situações desafiadoras frente a frente. Estamos felizes por este sucesso, pela contribuição da Indy Autonomous Challenge e por todas as equipas no avanço da tecnologia de IA”, afirmou o Professor Sergio Savaresi, do Politecnico di Milano.
O carro bateu o recorde anterior, estabelecido em abril do ano passado, na pista do Cabo Canaveral, na Florida.
O Indy Autonomous Challenge é essencialmente transformar carros da IndyCar, enchê-los de tecnologia e pê-los a andar. Já andaram na pista de Indianápolis, em 2020, e desde então que esta competição serve para mostrar o que de melhor se tem feito nas universidades de todo o mundo no sentido de avançar fortemente neste campo. É verdade que se tem tentado fazer competições dedicadas á área, como a Roborace, mas a tecnologia, por muito fascinante que seja, é extremamente complexa, e com cada avanço, haverá alguns recuos, é inevitável, como em tudo.
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